domingo, 12 de dezembro de 2010

"A Revolução"

Este o título do artigo de opinião de Leonel Moura, anteontem publicado no Jornal de Negócios Online, a propósito do "caso WikiLeaks", já aqui abordado. Cito os parágrafos finais:

A velha cultura deste poder instalado à sombra de democracias formais, resistente à mudança, corrupto na sua essência, hipócrita e secreto nas suas práticas, tem pouca viabilidade numa sociedade cada vez mais transparente. A consequência é o descrédito absoluto em todo o planeta na classe política e também no modelo económico vigente que, em boa verdade, comanda as operações.

A revolução da Internet exige uma nova democracia, mais livre, mais transparente, mais honesta, mais criativa, já que a atual está gasta e senil como se pode constatar.

Faltará dizer-se mais alguma coisa? Nas mãos de quem estará a chave d(est)a mudança?
Sendo certo e sabido que a cada vez maior utilização de meios informáticos por cada vez mais pessoas, cada vez menos especializadas (i.e. "não-profissionais") em matéria da Informação, situações como a que assistimos com a WikiLeaks e os tremores (e temores...) que tem vindo a causar ao "establishment" dos vários países visados nos meses mais recentes têm tendência a ocorrer com maior frequência.

Por mais que as nações (e insisto em associar esta situação de silenciamento online embaraçado às "Nações" e não somente a organizações ou indivíduos) queriam abafar tudo o que de moral e socialmente condenável façam, haverá sempre alguém que encontrará uma forma de o denunciar. Até poderão calar o WikiLeaks de vez, mas tenho como garantido que, depois disto, nada mais será como dantes.

Está nas nossas mãos mudar este estado de coisas. Sem querer soar a panfletário (estritamente falando, sou demasiado "não-Esquerda" e tenho 0 [zero] ligações a qualquer partido político pelo que tal não é meu apanágio) digo que tenho esperança de que os computadores de cada cidadão venham a servir para algo mais que o "Entretenimento" ou a "consulta de notícias", hábitos revelados em qualquer sondagem. Mais que não seja, basta acompanhar o que se faz em qualquer uma das "redes sociais" online mais usadas actualmente.

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