sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os melhores de 2010 (na música Indy)


As escolhas são do blog Tympanogram.com e merecem destaque. Practicamente todos os 20 seleccionados são da área da Indy musical e por lá se encontram alguns nomes, apesar de tudo, mais conhecidos entre nós (The Walkmen ou Vampire Weekend? Arcade Fire, ao menos, dizem-lhe alguma coisa? OMG, não? Pire-se daqui, que veio ao blog errado...)

De cada álbum se pode (mas atenção que a permanência é limitada no tempo) ouvir e descarregar um ficheiro em formato MP3 retirado de cada trabalho discográfico, a servir de aperitivo a cada artista. Eis a lista, divida em três partes, tantas quantos os agrupamentos dos destaques:


[mp3] Best of 2010: 5-1
[mp3] Best of 2010: 10-6
[mp3] Best of 2010: 20-11

01: Deerhunter // Halcyon Digest
02: Tame Impala // Innerspeaker
03: The Walkmen // Lisbon
04: The Morning Benders // Big Echo
05: Beach House // Teen Dream
06: Tokyo Police Club // Champ
07: Vampire Weekend // Contra
08: Arcade Fire // The Suburbs
09: Crocodiles // Sleep Forever
10: Harlem // Hippies
11: Local Natives // Gorilla Manor
12: Wolf Parade // Expo 86
13: LCD Soundsystem // Pow Pow
14: Donovan Woods // The Widowmaker
15: Bear Hands // Burning Bush Supper Club
16: Kanye West // My Beautiful Dark Twisted Fantasy
17: Two Door Cinema Club // Tourist History
18: Suckers // Wild Smile
19: Warpaint // The Fool
20: Male Bonding // Nothing Hurts


Repito, tal como o Tympanogram o faz, o tema "Ready to Start" dos Arcade Fire (The Suburbs, álbum posicionado em oitavo), por ser uma das três bandas que, talvez por questões de direitos de autor, não tem MP3 disponível:


True Blood: o melhor episódio de sempre. Sempre. Sempre. Sempre.


O título, adaptei-o do resumo visual que o sítio io9.com dedicou ao episódio número 9 da terceira temporada de Sangue Fresco, "Best True Blood ending EVER. EVER. EVER. EVER.". Acabei de o ver e o final é de estalo (em mais do que um sentido, como se perceberá ao descer na página para testemunhar o excerto vídeo com os seus 02:37 finais. Que discurso!

Um Dennis O'Hare brilhante, no papel do vampiro Russell Edgington, o Rei Vampiro do Mississipi.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Best Japanese Albums of 2010 | J-Pop

Sempre, e não só na música, me atraiu o menos divulgado, o mais subtil (em termos de exposição mediática). Em absolutamente *tudo* o demasiado óbvio e espanpanante sempre me demoveu. Fico-lhe insensível.

Fã de “coisas” da cultura japonesa, não podia deixar de chamar a atenção para alguns trabalhos da chamada J-Pop, divulgados há dias na OTAKU USA Magazine. Eis algumas sugestões para sons realmente do outro mundo: Best Japanese Albums of 2010 | J-Pop.

Poupo algum trabalho, fazendo de VJ (improvisado) e começando logo pelo fim da tabela mencionada. Eis os Polysics (nome inspirado no sintetizador Polysix da igualmente japonesa Korg) e o seu "I My Me Mine" [*]:





[*] Posturas e sonoridades a recordarem-me outro grupo japonês, os Plastics, com quem tive o prazer de me cruzar nos idos de 1981 em Hamburg e cujo primeiro LP, de 1979, "Welcome Plastics", ainda guardo ciosamente. O seu "Good", em 1980:

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"Falling Skies"


É o nome da nova série televisiva que o canal de cabo TNT irá estrear no Verão de 2011 nos Estados Unidos. Produzida por Steven Spielberg, o que, em si e nos dias que correm, vale o que vale, só desejo que esta não seja uma versão mais musculda de "V". O primeiro trailer de mais uma invasão alienígena. Ou será antes um The Walking Dead espacial?

Só espero que amanhã não seja a véspera do dia em que Céu nos caia em cima da cabeça...
Oh Doctor Carteeer???

"Tem dúvidas na sua relação?"


Não. Mas tenho imensas certezas na minha ralação...


[P.S.: Inspirado no anúncio online ao "Tarot do Amor". Que mais não pretende que sacar-vos o número de telemóvel para que depois recebais SMS's de valor (?!!) acrescentado...]

Um dia na vida...

Faz hoje uma semana que fui submetido à primeira intervenção cirúrgica da minha vida. Nada de vital, em si, mas que mais tarde ou mais cedo teria de ter lugar. Digamos que por amor a um local necessário e usado em (talvez?) 90% do nosso tempo. Nos transportes, a trabalhar, a conduzir, a ler e a divertirmo-nos, mesmo.

Forçado, convalescente, a ficar em casa umas semanas, estes serão dias para pôr uma série de coisas no lugar, em perspectiva, repensando a Vida (LOL) e também para acabar as leituras — e começar outras — que, de outra forma, teriam uma Inception [ =) ] e conclusão mais remotas no tempo.

Pelo menos tentar evitar demorar-me mais que o estritamente necessário a pensar (no incómodo e dores que ainda sinto, que no resto, as viagens continuam...) Por exemplo, não fazer como este aqui em baixo, sempre a pensar. Em tudo!

O Pensador, Auguste Rodin

Estamos em décimo!


Postcards Exchange


Postcrossing é um dos meus passatempos mais recentes (aderi em Abril deste ano).

No site oficial deste autêntico fenómeno mundial lançado, com imenso e merecidíssimo sucesso, aliás, há cinco anos pelo português Paulo Magalhães, foi publicada uma curiosa estatística que permite ver quantos postcerrosss existem em cada país, por cada 100.000 habitantes. Estamos em décimo! Yay!!

Uma boa forma de mostrarmos o nosso país (os nossos envios são sempre bem recebidos), e, em simultâneo, visitarmos outros que, provavelmente, nunca pisaremos. Obrigado Paulo.

O Belo existe

A prova, numa foto via Tumblr.:

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fazendo um intervalo


De regresso a casa e antes dum pequeno intervalo na actividade do blog, desejo a quem me visita um Feliz Natal e Boas Festas.



P.S.: Hesitei bastante (OK, admito nataliciamente: foi apenas um mísero segundo) entre postar a imagem do Pai Natal ou a das luzes. Para não ser injusto para com ambas, uso as duas e acabou-se...

Bom Ano do Coelho!


Um destaque especial uma das várias actividades do Museu do Oriente. Cito da sua newsletter um resumo do  programa das comemorações e actividades alusivas ao ano 4709:

BOM ANO DO COELHO!
No dia 3 de Fevereiro comemora-se o ano novo chinês, a mais longa e importante festividade do calendário lunar. Em torno desta festividade que conta com séculos de existência, surgiram vários mitos e tradições. Reúna a família e venha preparar connosco o início deste ano do coelho, o ano de 4709 para os Chineses. Ao longo de três semanas, vai ser um nunca acabar de actividades que vão do feng shui ao ritual do chá, do recorte do papel à montagem de papagaios, do nó chinês ao lai-si, da construção de lanternas à dança do dragão. Sem esquecer, claro, uma consulta aos signos do zodíaco.

De 16 de Janeiro a 27 Fevereiro

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A caminho da California...

Não é *exactamente* daquele quente e louco estado estado norte-americano, e o cavalo é de ferro. É mais a caminho dum hospital, para aquela que será a primeira cirurgia da minha vida.

Agora num comboio solitário (será fantasma?), já não falta tudo para saber como é. "Saber", se se esquecerem da anestesia, que espero não dar por nada. Até daqui a quando me apetecer "postar".

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Lisboa com Arte

Mas nem tudo é triste, nesta capital do reino (enfim, ao menos deixem o D. Duarte sonhar um bocadinho, que é Natal. Que provavelmente nem escolheria Lisboa para tal função, mas isso é pano para outras mangas...)

É com agrado que vejo fachadas de edifícios devolutos, logo em zonas nobres da cidade, serem decoradas, não por riscos absurdos e vandálicos (que muito boa gente confunde com a arte do Graffiti), mas por obras de verdadeiros artistas. Serão efémeras, as pinturas, mas sem dúvida que dão outra dinâmica à superfície degradada das fachadas. Mesmo considerando que o tema me recorda algo de lovecraftiano. Mas isso...Não é defeito.

Na passada semana assisti à "decoração" (transformação?) de um edifício na esquina da Praça Duque de Saldanha e a Avenida Casal Ribeiro. Desconheço o, ou os, autor(es), e nem sequer sei se se tratou de intervenção dos irmãos brasileiros Os Gémeos, que já este ano decoraram outro edifício da Avenida Fontes Pereira de Melo, não muito longe do local que agora assinalo, altura em que também foram objecto de uma exposição no CCB, Museu Colecção Berardo (entre Maio e Setembro).

As fotos são o que são e o meu espertomóvel não faz melhor do que isto. Mas dá para se ter "uma ideia".


Oh Não... O Regresso Da Poça D'Água

Ora poça! (expressão e substantivo)


Não é que, devido à muita chuva que caiu esta noite, regressou o lago artificial do Cais do Sodré?? E está visto que a Câmara Municipal de Lisboa, depois de ter levado aquelas semanas todas a resolver a situação anterior, tratou — na eficácia e antevisão que (não!) lhe são reconhecidas — de resolver o assunto "a fundo", por forma a que (não) acontecesse de novo, com uma simples chuvada...

Afinal o Inverno começa hoje (acho que foram apanhados de surpresa com esta...) Será que a CML vai exigir ao São Pedro um Livro de Reclamações, a protestar, por intermédio dos cidadãos, com o atrevimento celeste em repetir situações de todo inesperadas e indesejáveis?

Pois claro! Que necessidade têm os transeuntes de saber que a câmara da capital não-sabe-limpar-eficaz-e-duradouramente-um-simples-d'um-raio-d'um-orifício-numa-rua? Ainda por cima um cuja existência é suposto contribuir para a drenagem da via pública onde se insere??

Ou (será?) estará  a CML a estudar através deste protótipo os efeitos da deslocação do cais (não do Sodré) que serve a Transtejo e que se encontra não muito distante deste local? Vai-se a ver, e "eles", os camarários, até virão a revelar antecipação e aposta no futuro.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

É (?) Natal


Natal era a única época festiva do ano à qual dedicava o meu tempo e que comigo mais "mexia". Repito, "era". Está em vias de deixar de o ser. Não que esteja imbuído do espírito-"Scrooge", mas aquilo que era o natal-em-família afigura-se-me cada vez mais como sendo acto derradeiro (e irrepetível?). E nem sequer me está a ocorrer a sanha consumista que nesta época assalta todos. Falo de algo muito para além de quaisquer objectos e a pobreza nem sempre se reveste, ou manifesta, de materialidade.
Para o ano cá estarei (quem sabe?), a confirmá-lo, ou desmenti-lo.

Feliz Natal a quem me visita.

E se o Natal tivesse sido digital?

Gmail e mailling lists. Facebook. Twitter. Amazon. Telemóveis.
Web 2.0 nos idos de Belém...


domingo, 19 de dezembro de 2010

'Paul' International Trailer



HAHAHAHA... Como adorava conhecer um alien assim... Este, a ver a partir de 11 de Março de 2011 no filme "Paul" dirigido por Greg Mottola.

Post de domingo

São 18 e picos
Está frio (lá fora e cá dentro).
Chove.
A TV enche o ar.
(que horas são agora?)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Official Hot Mess, "Welcome 2 LA" (unedited version)



Ft. Flava Flav e a Adrianne Curry. Outro vídeo de que gosto muito. Musical e visualmente "naughty" (não sei o que é, mas rima com uma das mensagens subliminares deste post...), não podia deixar passar em claro a presença da Adrianne, modelo e personagem da "reality TV" norte-americana e co-produtora da série televisiva "My Fair Brady" do canal VH1, que protagonizou com o actor Christopher Knight (o personagem principal), com quem veio a casar no final da primeira temporada. ;)

Doctor Who mistura-se com Star Wars



Um divertido mashup [*], este. Recriando cenas do Star Wars Episode I, A New Hope (1977) com a inserção de Christopher Eccleston, David Tennant e Matt Smithe, os três mais recentes actores ingleses a encarnar o papel do Time Lord por excelência na famosa série televisiva britânica Doctor Who (respectivamente representando o nono, décimo e décimo primeiro doutores). O resultado final, uma bem conseguida paródia aos originais, demonstra bem, para gáudio de geeks como eu, a perícia da equipa dirigida por Rick Kelvington.

[*] Neste caso concreto, termo que define um filme criado mediante a sobreposição e mistura de sons e/ou imagens de diversas origens, com o intuito de obter uma variação 'transformativa' dos conteúdos originais.

Brincando com a urina


O quê? Passei-me? Naah... Não, também não sou um badalhoco. Muito menos pretendo aqui recordar os belos tempos em que, qual modo de vida, nos dedicávamos a dar trabalho às nossas mães (sabem ao que me refiro).

Simplesmente acabo de ler na newsletter do Akihabara News que a Sega Corporation teve a brilhante ideia (?!) de associar o acto de aliviar a bexiga (a masculina, para já, e continuem a ler que vão perceber onde quero chegar) àquele outro acto não menos presente nas nossas vidas ociosas que é o jogar videojogos. "É claro que só podia ser uma ideia de japoneses...". Concordo. Aliás foi exactamente o que pensei (também).

Chama a isto a Sega de Toylets. E como funciona a coisa? (não *essa*... o sistema em si!). Nada mais simples. Mercê de um sensor de pressão estrategicamente colocado na superfície vertical do familiar objecto cerâmico usado para o acto (agora tornado ainda mais lúdico-relaxante que o habitual), será permitido ao esguixador não só dispensar telecomandos, nunchuks, wiimotes e quejandos, dando outra dimensão à palavra "instrumento", normalmente aplicada à... ao... "coiso"... como também poder controlar, com a pressão e movimento da sua urina, um de quatro mini-jogos ao dispôr num ecrã posicionado sobre o urinol. E considerando que isto será instalado em locais púb(l)icos, agora é que os voyeurs vão ter mais uma bela desculpa para espreitarem para o lado ("Pá, ganda jogada, pá!!").

Os jogos são quatro: Manneken Pis, Graffiti Eraser, The North Wind and Her (sic) e Milk From Nose (re-sic) e sobre eles poderão saber um pouco mais, clicando no botão do urinol aqui incluído.

Senhoras, já percebedes, agora, a razão da minha observação críptico-machista inicial?




sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Tokyo restringe vendas de Manga e Anime "prejudiciais"

Imagem via 'The Finantial Times'


De acordo com a notícia que recebi do Japan Probe, que por sua vez cita artigo do The Wall Street Journal, o Governo Metropolitano de Tokyo (Tokyo Metropolitan Assembly) aprovou esta quarta-feira uma lei com vista à restrição das vendas de Manga e Anime de conteúdo sexual "extremo".

Mas não se pense que em Tokyo, ou no Japão em geral, a venda irrestrita de banda desenhada de conteúdo explicitamente sexual e/ou violento era uma caótica e abjecta realidade condenável socialmente. Nada disso, uma vez que antes de esta lei passar já há limites (compreensíveis) à sua disponibilização e visibilidade junto dos adolescentes. Aquilo que agora se conseguiu foi estender o conceito de “pornografia” a zonas cada vez mais potencialmente difusas do manga ou do anime, querendo enquadrá-las num tipo de conteúdo que manifestamente não tinham. Uma censura, basicamente.

Mas isto não causa estranheza, se consideramos que foi o governador da capital nipónica, Shintaro Ishihara, um controverso político da extrema-direita (há quem o chame de “Le Pen japonês”), igualmente conhecido pela sua postura xenófoba, racista e homófoba, foi o principal instigador da lei agora passada naquele organismo. Sendo também um ultra-nacionalista, espanta (ou não, ou não) que assim tenha conseguido materializar o seu empenho no ataque a uma das indústrias culturais pelas quais o Japão mais é conhecido no mundo inteiro.

Como já li num comentário, esta não é uma lei anti-Pornografia (nada a opor, apesar de ser tema que me levaria mais longe do que agora pretendo com a referência a esta notícia), mas sim anti-Tudo-o-que-o-censor-pensa-que-é-prejudicial-às-crianças e muitos opositores — alguns professores universitários, incluídos — referem a natureza vaga e aberta a interpretações do seu texto. E “vago” e “interpretação” são conceitos pouco naturais para o comum dos mortais no Japão, que sempre foram educados a seguir e cumprir determinados padrões.

Há, contudo, que ressalvar que esta não é uma Lei nacional, mas sim uma aprovada no exclusivo âmbito da Tokyo metropolitana (o que, em si, já constitui um “universo”).

De fenómeno popular, passaremos ao oposto extremo do underground? Se assim for, suspeito que a sua fama se tornará ainda maior…

A mim sempre repugnou todo o tipo de restrição baseada em preconceitos que “alguém” decide defender “por mim”. Haja responsabilidade e bom senso e certas “leis” seriam perfeitamente dispensáveis. Caso contrário, o resultado está à vista: uma qualquer mente (não!) “iluminada” virá a decidir por mim o que devo, ou não, fazer/pensar/sentir.

Mais notícias sobre o tema podem ser seguidas nos links:

Zombies na auto-estrada(?)

Para aliviar o espírito, vamos ver neste vídeo outro tipo de sangessugas que não estas. Há partidas e partidas e esta, deixem-me que diga, não sei se controlaria um certo esfíncter com tanta eficácia. Isto é, se tivesse medo de zombies ou de vampiros...


Câmara Municipal de Lisboa: A-LE-LU-IA!!


Depois do meu post de ontem (e dos 4 anteriores...), é com agrado que aqui venho dar por encerrada — Oooohh... — (até à famigerada "próxima"), com este post aleluítico, a triste novela que foi assistir ao desprezo e lentidão na acção, quando necessária, votados pela CML aos cuidados mais elementares com a sanidade e limpeza da cidade que tem o dever de gerir, a contento e para bem dos cidadãos que a frequentam (ouff... que disque-urso... se juntar uma pitadinha de incompetência, panfletarismo, compadrio, egoísmo e chico-espertice, acho que já não me faltará tudo para me dedicar à política oficialmente estabelecida).

Poizé-boné: hoje de manhã, a zona ribeirinha do Cais do Sodré, junto à estação da CP, apresenta-se... [ta-ta] L-I-M-P-A e enxuta!!

Custou, mas foi, hein? OK, agora só basta rezar para que alguma catástrofe jamais nos atinja no futuro (além de termos outra vez o mesmo tipo de políticos, dos habituais partidos, a vencerem eleições autárquicas), pois se com uma "poçazita" levaram o tempo que levaram a corrigir/normalizar a situação, nem quero pensar se ocorrer outro terramoto de 1755.
Enfim, pelo menos até ao Fim-do-Mundo em 2012.

Bem hajam (sejam lá quem forem.)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vergonha para ti, Câmara Municipal de Lisboa... (Parte V)

Apesar de não ter chovido nos últimos dias, a zona do Cais do Sodré que aqui tenho vindo a assinalar e de que dei à CML a devida nota, hoje cerca das 19:30h apresentava ainda mais água acumulada que de manhã, mas com a agravante de agora cheirar a esgoto (?!)...

Quando antes o espectáculo era meramente visual, evoluimos agora para um 2º sentido, o do Olfacto. Se tivermos de chegar ao do Paladar, espero ver alinhados os responsáveis camarários pelo perpetuar da situação, de copinho em riste para saborear o resultado da sua inércia!

Lisboa é, indiscutivelmente, uma grande metrópole europeia. Uma pena, ainda não ter chegado ao séc. XXI...

Sem comentários...

O regresso do Crochet do Inferno

Quando se fala de crochet pensa-se em tudo menos em gore (não o Vidal, o gore-gore, mesmo; sim, aquele que mete muito sangue e tripas à mostra!). Associa-se-lo (hehehe) a provectas senhoras e a outras não tão provectas mas igualmente anacrónicos membros do sexo feminino, de óculos no nariz e fugidios olhares perscrutadores aos horizontes mais ou menos próximos enquanto se tricota (i.e..uma cota três vezes mais cota que as outras).

Isto é, pelo menos até ao dia em que nos cruzamos com o japonês conceito de Amigurumi [*]. Uma palavra sonoramente agradável, diria quase pueril, mesmo, que significa qualquer coisa como “boneco tricotado estofado” — se o estofado vos recordar demasiado o gastronómico estufado, leiam como “chumaçado”, “acolchoado”, “enchido” (gaaah… a língua portuguesa é uma treta quando toca a classificar certas coisas; knitted stuffed toy diz logo tudo. Adiante…)

Mas, graçazadeus, que a arte do Amigurumi não implica necessariamente os imediatos e óbvios bonecos de peluche tricotado (hey, gosto mais desta definição!) de ar angélico-infantil(izado). Ainda bem que tudo pode ser subvertido — adoro subversões… — e, se assim não fosse, não estaria para aqui a perder o meu tempo (que nem sequer chega a ser precioso, ou eu seria podre-de-rico) e a gastar as pontas dos dedos a bater no teclado este texto parlapatão.


Verdade: tenho o prazer de apresentar a artista californiana Shove Mink e o seu blog Croshame.com, onde nos brinda com as suas criações fantásticas (em mais de um sentido), de bonecos inspirados nas temáticas do Terror e da Fantasia. Só lhes faltam mesmo os proverbiais sangue-e-tripas, mas ela consegue dar-nos a ideia certa mesmo na sua ausência. Tim Burton: rói-te d’inveja!!

Passeiem pelas páginas, comentem, deleitem-se, difundam.

Eu não tricoto, mas adorava saber fazer bonecos assim. Além da arte com as agulhas há que, antes, ter a “arte” de conceber as figuras a criar. A Shove é mestra em ambas!


[*] Quem me vem lendo já percebeu que eu inicio quase sempre um texto com explicações bué convolutas, em vez de ir directo ao assunto. #NotAPerfectGuy [**]
[**] Nome fixe para um blog. Leram aqui primeiro, por isso…

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Boas Festas recebidas da Lucasfilm


Recebi ontem este cartão de Boas Festas directamente do Stephen J. Sansweet (simplesmente Steve Sansweet para os amigos), director de Content Management e Fan Relations da Lucasfilm e o maior (em quantidade e qualidade) coleccionador mundial de merchandise Star Wars, e também autor de diversas obras de referência que são um absoluto must igualmente para coleccionador e fã da Saga de George Lucas.

Gosto da imagem, dupla de significado(s), de Darth Vader — em que de certa forma se desmancha a fama de vilão galáctico imperial — num fotograma retirado da famosa cena do Star Wars: Episode V, The Empire Strikes Back (1980), dirigido pelo recentemente falecido Irvin Kershner, na qual aquele revela a um estupefacto e enraivecido Luke Skywalker que "I am your father..." Lembro-me perfeitamente de, à época da estreia original, não ter ficado menos banzado com a afirmação; não me atirei foi de um poço abaixo....

Os cartões de Boas Festas da Lucasfilm já se tornaram famosos (há quem os coleccione e transaccione no eBay...) logo desde o primeiro ano em que foram distribuídos, em 1977, por destinatários seleccionados (e privilegiados), podendo aqui ver-se uma lista completa dos mesmos.

Este, o 33º, foi desenhado pelo artista Troy Alders e motivou um donativo ao Boys & Girls Clubs of America, entidade de apoio à juventude com o muito louvável objectivo declarado de "permitir a todos os jovens, especialmente aqueles que de nós mais precisam, o atingir do seu pleno potencial enquanto cidadãos produtivos, solidários e responsáveis". (uma ideia altruista que me causa arrepios, pela positiva)

Bless you Steve and Lucasfilm! Long live Star Wars.
MtFbwY, always

A "Pessoa do Ano" (segundo a TIME)



Notícia de última hora da CNN:

Facebook founder Mark Zuckerberg has been named TIME magazine's Person of the Year.

Mark Zuckerberg, fundador do facebook, foi eleito e com honras de figura de capa da TIME Magazine (noticia original ao clicar da foto):

Kraftwerk, "Schaufensterpuppen" (1977)

A propósito de Moda, manequins et al...



Alfaiataria fina...


O Alfaiate Lisboeta é um blog onde são mostradas pessoas que, pela estética visual (indumentária eminentemente urbana), são dignas de registo fotográfico. Não sei se propositadamente, a verdade é que o autor das fotografias nunca é identificado; fico sem saber se é o próprio autor, ou se recorre a imagens de outrem.

A ideia de destacar estas situações em que o design de Moda impera não é original. Posso estar enganado, mas a primeira pessoa a quem ocorreu fazê-lo foi Scott Schumann, que é quem igualmente capta as belas fotos vistas no seu nova-iorquino The Sartorialist, http://thesartorialist.blogspot.com/. Atingiu, merecidamente, tal fama que já gerou um livro. Para mim, é mais honesto que a versão alfacinha. E explico porquê.

Entre nós, o Alfaiate Lisboeta tem presença diária no jornal Metro, onde é feito o destaque, também visual, dos seus posts sobre a “fashion” supostamente anónima, em poses pretensa e casualmente avistadas na capital.

Aquilo que nunca percebi (bem) é a associação do topónimo “lisboeta”, enganador, se considerarmos que a muitas das fotos definitivamente *não* foi captada a) em Lisboa, nem b) retrata cidadãos lisboetas (ou portugueses, tout court, vá). Começou assim, mas hoje em dia tal já não é verdade.

E, das duas três, ou os lisboetas/portugueses não são suficientemente “In”, ou “giraços”, ou “peculiares”, ou “bem” o suficiente para serem retratados no blog, ou então o nome que lhe é dado não passa de tentativa mais ou menos descarada (não digo que seja o seu objectivo) de disfarçar uma realidade nossa que, infelizmente, não é a de “lá-de-fora”, onde qualquer cidadão médio se revela mais elegante que o parolo mais bimbo de Portugal, lisboeta ou não…

Ou será que este alfaiate lisboeta quer é mostrar(-nos) como devíamos trajar? Como ele gostaria que trajássemos, todos fashion e BCBG (bon chic bon genre)?

Mas, prestem bem atenção, vê-se que algumas das fotos foram de facto captadas em… Portugal (vá), mas, que se me desculpe a frontalidade, aquelas pessoas (infelizmente, digo eu) não representam o lisboeta. Infelizmente, repito. São fauna de outras paragens e que só se destaca exactamente para mostrar que é diferente mas de uma forma ostensiva. A mim, desculpem-me de novo, não os vislumbro como genuínos.

São Schaufensterpuppen [*] ("Showroom Dummies" na versão cantada em inglês), como cantaria o Ralf Hütter no tema homónimo que compôs nos Kraftwerk (banda do meu coração, admito) inserido no álbum “Trans Europa Express” de 1977. São efectivamente bonecos, só que de carne-e-osso.

[*] Manequins-de-montra

Os jantares "de Natal" empresariais

Disseram-me hoje as más-línguas que o jantar empresarial de Natal que ontem teve lugar num conhecido restaurante lisboeta, foi um fiasco. (contem-me novidades...)

Fiasco, no que toca às áreas da estrutura em que estou integrado — são 3 com 39 pessoas — pois que apenas 7 deles marcaram presença. Fiquei contente, pela "mensagem" passada a um dos "directores" júniores (onde trabalho qualquer gato-pingado é eleito "director" desde que devidamente acolchoado por iguais incompetentes que o precedem verticalmente na estrutura organizacional, que aqui as hierarquias são apenas funcionais, não de competência). Só casualmente não é de nacionalidade portuguesa e é quem mais tem contribuído para o mau estar no seio das ("suas") equipas.

Uma prenda de Natal inteiramente merecida! =D

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

In a week...


De amanhã a uma semana irei ser submetido à minha primeira intervenção cirúrgica. Nothing much, mas tem de ser. Gosto de começar pelas bases. Se correr bem e eu tiver gostado da experiência, a seguir faço uma deslocação do coração do lado esquerdo do tórax mais para o centro. Assim à esquerda como está, não só é inestético como politicamente pouco condizente com a minha postura cívica.

Quer sobreviva, ou não, hei-de cá voltar. =p

Postcrossing: viajar por meio de postais

Não me pagam para fazer propaganda a outros blogs mas deste apetece-me agora falar. Por sinal, é sobre um passatempo que também me agrada e que sigo com regularidade.

Não irei tecer considerações estético-informativas sobre ele e/ou o seu autor. Já agora, o endereço é este: http://postaismeus.blogspot.com/

Se alguém ainda se perguntar "Mas o que é isso do Postcrossing?" — uma boa pergunta, aliás — felizmente que o seu responsável se lembrou de o esclarecer neste post.

Happy Postcrossing!

Ass. O Bipolar


Postcards Exchange

Os almoços/jantares "de Natal"


Quem trabalha nalguma empresa já foi, certamente, convidado a participar destes jantares ou almoços "próprios" da época festiva de Dezembro. Refiro-me aqui, portanto, aos jantares entre colegas/colaboradores e não aos repastos em família (peculiaridades dos quais também me dariam pano para mangas escritas, demasiado compridas para a minha vontade actual).

Naqueles, os organizados pela Direcção em si, de uma informalidade fingida, normalmente recuso-me a participar (que me recorde, mesmo, apenas estive num e jurei que nunca mais). Porque são sempre uma altura em que cada qual (homem ou mulher) parece(m) — ainda mais… — empenhado(s) na sua própria versão duma feira de vaidades, especialmente se também neles participarem directores — e quanto mais "elevados" na estrutura, melhor; erm, pior…


Por tudo isto, nunca disse que não aos outros, os almoços ou jantares, estes sim, genuinamente informais, entre colegas que apenas pretendem de facto passar uns momentos de descontracção sob o pretexto de se celebrar o Natal. E hoje é exactamente o dia em que (coincidências…) terão lugar na minha empresa um almoço (informal) e um jantar (o das caganeirices dispensáveis, a pretexto de uma celebração natalícia).

À hora a que escrevo isto já não faltará muito para arredarmos daqui, entrando em modo *Reminiscência*, que nos levará a recordar velhos tempos, roer na(s) casaca(s) de alguns chefes (o costume...), recordar algumas das nossas peripécias profissionais (ah, se eu contasse aqui metade delas…) e comer sem ter o nutricionista a olhar-nos por sobre o ombro.

Feliz Natal!

Frustrante


Blogar a partir de um espertofone é frustrante até dizer chega. Tenho de sacar a versão "Mobile" do Blogger, ou postar via e-mail. Preferia um cliente "Light", directo, no telebicho, pois torna-se demasiado pesado (i.e. lento e entediante) usar a Web e o site normal para este efeito.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Vergonha para ti, Câmara Municipal de Lisboa... (Parte IV)

Um postzinho, assim rápido e ambulante, apenas para dar conta de acabar de ter visto há instantes, ao entrar na estação da CP de Cais do Sodré, um indivíduo de sexo masculino empunhando um arame de grandes dimensões (será um funcionário camarário à paisana? Mistério...), a tentar desentupir a sarjeta de que aqui tenho falado.

Será, tal como eu, mais um cidadão indignado com a inércia da CML e com menos meios informáticos ao seu dispor, que tenha decidido pôr mãos à obra ele mesmo? Veremos amanhã se o seu esforço foi frutífero ou não.

Pergunta retórica #2: "Os Visitantes"...

Ao olhar para a estatística de visitas deste blog e ao constatar que os Estados Unidos surgem em 2º lugar com 12 (Brasil em 3º e somente com 8), não consigo impedir-me de pensar quantos norte-americanos saberão ler Português — ou sentirão uma atracção fetichista por esta particular conjugação de letrinhas brancas num ecrã?

Isto, ou fui topado por 12 portugueses residentes nos "States", emigrantes simplesmente, ou não menos ilustres conterrâneos de áreas mais elevadas do Conhecimento nacional a trabalhar naquelas paragens...

Let's Visit Tokyo...

... sem tirar o rabinho da cadeira e em HD!

Akihabara News é um dos sites sobre o Japão que frequentemente visito (aconselho, por ser mais fácil, que se assinem as respectivas actualizações via e-mail, a fim de não se perder pitada).


Semanalmente, um dos conteúdos que mais me agrada seguir é precisamente este das "visitas a Tokyo". Inteiramente captados por uma máquina fotográfica digital (cuja marca, por não gostar dela aqui não revelarei; infelizmente, não é uma Nikon ;) ), trata-se de vídeos em alta-definição, com duração média de uns 10 minutos, num ficheiro de cerca de 500 MB — uma pechincha informática, atendendo a que os bilhetes de avião para o Japão custam os olhos-da-cara...

Sempre bem enquadrados, estas pequenas miradas não são submetidas a qualquer efeito aplicado em "pós-produção" e espelham aquilo que a lente capta, directamente e sem subterfúgios. Idem para o som, que permite testemunhar o ambiente à altura da tomada de imagens.


Esta semana, visita-se Tachiaigawa, uma aldeia agregada a Tokyo, situada num dos 23 bairros da cidade (mais exactamente em Shinagawa) mas que se torna especial porque, conforme o texto refere, "ter uma espécie de aldeia psicatória na incrivelmente gigantesca Tokyo e entre auto-estradas e grandes corporações é algo de surrealista":

Este blog atingiu um bonito número de posts

(imagem via Photobucket.com/Shanadoo_Fan)

Uma efeméride que não.
Consigo (Gnheeeeaaaaaaaaagh...) deixar
de
a
sssina
laaar....

=P

Vergonha para ti, Câmara Municipal de Lisboa... (Parte III) [*]

[*] Pelo andar da carruagem, suspeito que este assunto ainda venha a ter muita numeração romana e "partes"...

Depois de aquiaqui ter abordado o assunto, revelador da incúria e laxismo camarário lisboeta, hoje de manhã esta Zona do Cais do Sodré junto à estação de caminho de ferro da CP apresenta não só a prova das minhas suspeitas (está tudinho na mesma!) quanto à morosidade de uma solução, como também, e para cúmulo, junto ao lago artificial que se formou agora também no local nasceu uma... lixeira!

Vejamos:




Belo espectáculo, não é? Especialmente se considerarmos, além de tudo o que já expus, existir um pouco mais à direita uma paragem de autocarros de turismo, tipo Cityrama.

Ora bem. Lago artifical? Confere. Passadeira de peões submersa e inutilizável? Confere. Lixeira? Confere. O que não confere, especialmente a ideia de eficácia e atenção a uma situação comunicada, é a atitude da CML. É certo que, na questão do lixo, a câmara não tem responsabilidade (directa) pela sua presença, mas já tem a de a corrigir devidamente.

Gostava muito de encerrar este assunto logo na "Parte IV", mas duvido ter tal sorte. Eu, e os concidadãos frequentadores de uma das zonas mais conheciddas (e carismáticas) da cidade...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Bag Raiders, "Way Back Home"

Um tema para acompanhar o início de madrugada.

"A Revolução"

Este o título do artigo de opinião de Leonel Moura, anteontem publicado no Jornal de Negócios Online, a propósito do "caso WikiLeaks", já aqui abordado. Cito os parágrafos finais:

A velha cultura deste poder instalado à sombra de democracias formais, resistente à mudança, corrupto na sua essência, hipócrita e secreto nas suas práticas, tem pouca viabilidade numa sociedade cada vez mais transparente. A consequência é o descrédito absoluto em todo o planeta na classe política e também no modelo económico vigente que, em boa verdade, comanda as operações.

A revolução da Internet exige uma nova democracia, mais livre, mais transparente, mais honesta, mais criativa, já que a atual está gasta e senil como se pode constatar.

Faltará dizer-se mais alguma coisa? Nas mãos de quem estará a chave d(est)a mudança?
Sendo certo e sabido que a cada vez maior utilização de meios informáticos por cada vez mais pessoas, cada vez menos especializadas (i.e. "não-profissionais") em matéria da Informação, situações como a que assistimos com a WikiLeaks e os tremores (e temores...) que tem vindo a causar ao "establishment" dos vários países visados nos meses mais recentes têm tendência a ocorrer com maior frequência.

Por mais que as nações (e insisto em associar esta situação de silenciamento online embaraçado às "Nações" e não somente a organizações ou indivíduos) queriam abafar tudo o que de moral e socialmente condenável façam, haverá sempre alguém que encontrará uma forma de o denunciar. Até poderão calar o WikiLeaks de vez, mas tenho como garantido que, depois disto, nada mais será como dantes.

Está nas nossas mãos mudar este estado de coisas. Sem querer soar a panfletário (estritamente falando, sou demasiado "não-Esquerda" e tenho 0 [zero] ligações a qualquer partido político pelo que tal não é meu apanágio) digo que tenho esperança de que os computadores de cada cidadão venham a servir para algo mais que o "Entretenimento" ou a "consulta de notícias", hábitos revelados em qualquer sondagem. Mais que não seja, basta acompanhar o que se faz em qualquer uma das "redes sociais" online mais usadas actualmente.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Soda Shop, "Farewell"

 
Soda Shop - Farewell from Drew Diver on Vimeo.


Soda Shop, uma jovem banda Pop formada por Maria Usbeck & Drew Diver e que me foi hoje apresentada pelo blog Tympanogram. Simples, despretensiosa, suave. Algo retro (aos meus ouvidos evocativa de outras eras, mais saudosas).

A 18 de Janeiro de 2011 o duo de Brooklyn editará o seu primeiro 7″ via Shelflife Records.

TED Talks: "Julian Assange: Why the world needs WikiLeaks"

Não vou para já falar do que são as conferências TED Talks (fica para outro dia).

Mas, dada a pertinência e actualidade do assunto (até porque está hoje agendado via Facebook um evento de concentração de apoio à WikiLeaks no Largo do Chiado em Lisboa, entre as 15:00h e as 18:00h), partilho aqui a sessão de 19 minutos e 34" da entrevista dada em Julho de 2010, no âmbito daquelas conferências, pelo "ciberactivista" Julian Assange, porta-voz da WikiLeaks, de quem tanto se tem falado ultimamente e não pelas melhores, i.e., mais dignas e humanas, razões.

"Por que precisa o mundo da WikiLeaks?". Uma possível resposta, directamente da boca de um dos visados. Digamos que este texto será o meu (mini) contributo para o debate sobre aquilo que chamarei de ciber-intervenção, sobre o papel da Informação na nossa sociedade — curiosa e hipocritamente apelidada de "Sociedade de Informação"... — e de até que ponto se deverão, melhor, "terão o direito nações" de as calar a seu bel-prazer, escudadas em argumentos de "Segurança" (ou falta dela).

Pense-se nisto (a ordem é arbitrária):

Segurança
Liberdade
Limites
Informação
Direitos



sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lá (tempo e local) como cá

Eye of the Setting Sun por hougaard


A ler a seguinte citação não me consegui impedir de escrever sobre a inevitável, imediata e automática comparação que estabeleci mentalmente. Pelos vistos, intemporal e extra-geográfica. Mais detalhes após a dita.

Olhem para o Japão [...] Tenta fazer o seu caminho na companhia das potências de classe mundial [...] É como uma rã que tenta ser tão grande como uma vaca. É claro que, não tarda, irá rebentar. A luta afecta-te a ti e a mim e a toda a gente. Devido à pressão da concorrência com o Ocidente, os Japoneses não têm tempo para descontrair [...] Não admira que sejam todos neuróticos [...] Não pensam senão em si mesmos e nas suas necessidades imediatas. Olhem para todo o Japão e não verão um centímetro quadrado onde brilhe a luz de uma esperança. As trevas cobrem-no totalmente.

Agora peço para se fazer um simples exercício, o qual consiste em simplesmente trocar as palavras "Japão" e "Japoneses" por "Portugal" e "Portugueses". Sou só eu que não vê qualquer tipo de diferença ou alteração substancial, face à realidade dos nossos dias, entre duas nações tão distantes, numa parábola escrita [*] há exactamente 101 anos atrás?

Este, o triste espírito em que vivemos, ou em que eu vejo encontrarmo-nos. (corrigam-me se estiver enganado).


[*] Citação da autoria do mais famoso escritor japonês do Período MeijiNatsume Soseki (1867-1916), na sua obra de 1909 intitulada "Sorekara" ("E Depois", "And Then" em Inglês), retirada, com a devida vénia, do livro que aqui mencionei há diasEdições 70.

Sherlock Tones, "Senior Year"

Ora aqui está uma bela musiqueta e, não sei porquê, um outro vídeo de que gosto. Pronto. Cá vai:


The B-52's, "Summer Of Love" (Original Unreleased Mix)



Versão original do tema dos B-52's, lançado na compilação de 1988 intitulada "Time Capsule: Songs For A Future Generation".

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Warpaint, a audição integral

A propósito do meu destaque musical anterior aproveito para partilhar o álbum mencionado, que se poderá ouvir clicando em cada um dos nove temas que o compõem:



Warpaint, "Undertow" (Live: Yours Truly Session)



Eu *sabia* que tinha de haver mais qualquer razão para gostar desta jovem banda, Warpaint, um quarteto agora inteiramente feminino e cujo 1º álbum, "The Fool", foi editado em 25 de Outubro deste ano. Não sendo tão baseadas em electrónicas, estas norte-americanas de Los Angeles comparo-as com as Au Revoir Simone (de Brooklyn, New York). As vocallizações são semelhantes e as temáticas, idem.

E porque digo que *sabia*? Ora: a baixista usa um baixo Rickenbacker, pois então!

O álbum, que obtive na transmissão live em streaming via The Hype Machine (um blog cuja visita recomendo), já se encontra à venda entre nós. Uma audição a descobrir. Vivamente.



Your brown eyes are my blue skies.
They light up the river that the birds fly over.
Better not to quench your thirst.
Better not to be the first one diving in,
though you caught me and you know why
they breathe in the deepest part of the water.

What’s the matter? You hurt yourself?
Opened your eyes and there was someone else?
Now i’ve got you in the undertow.
Now i’ve got you in the undertow.
Why you wanna blame me for your troubles?
Ah ah ah you better learn your lesson yourself.
Nobody ever has to find out what’s in my mind tonight.

Let tonight pass us by.
Do you really want to be the one to fight?
And i said “You’re better not to light that fire.
It will take you to the darkest part of the weather.”

What’s the matter? You hurt yourself?
Opened your eyes and there was someone else?
Now i’ve got you in the undertow.
Now i’ve got you in the undertow.
Why you wanna blame me for your troubles?
Ah ah ah you better learn your lesson yourself.
Nobody ever has to find out what’s in my mind tonight.
Nobody ever has to find out what’s in my mind tonight.
Nobody in my mind. Nobody in my mind.
I feel it in my heart tonight.

I laid on the floor, pressing in my eyes.
Seeing little lights.
These are the decisions that only one could make(?)
I wanted to stay home but i went running running running running from the troubles
runningrunningrunningrunningrunningrunni­ngrunning

What’s the matter? You hurt yourself?
Opened your eyes and there was someone else?
Now i’ve got you in the undertow
Now i’ve got you so
why you wanna blame me for your troubles?
Ah ah ah you better learn your lesson yourself.
Nobody ever has to find out what’s in my mind tonight.
Nobody ever has to find out what’s in my mind tonight.


Vergonha para ti, Câmara Municipal de Lisboa... (Parte II)


Yep: confirmo que as minhas suspeitas se materializaram: continua tudo igual (se não *PIOR*).

Aproveito para partilhar o conteúdo do e-mail recebido da CML:

CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
Direcção Municipal de Serviços Centrais
DIVISÃO DE INFORMAÇÃO E ATENDIMENTO


Bom dia,

Agradecemos desde já o seu contacto e a preferência por este canal de contacto do Centro de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Lisboa.

Informamos que o assunto relativo a "Entupimentos de esgotos ou sarjetas" deu entrada com o número CML-76263-571W e foi reencaminhado para: CC Lx-Alerta.

Para mais alguma questão não hesite em contactar-nos.


Com os melhores cumprimentos,


Núcleo de Acompanhamento de Processos e Gestão de Informação
Centro de Atendimento ao Munícipe
Divisão de Informação e Atendimento
CML - Câmara Municipal de Lisboa
Tel.: (+351) 808 20 32 32 | Fax: (+351) 808 20 31 31
E-mail: municipe@cm-lisboa.pt
Site: www.cm-lisboa.pt


Para mim, cidadão, não deixa de ser triste constatar o quão impressionante é a lentidão com que uma situação destas é gerida pela principal e maior câmara municipal de Portugal e, repito, logo numa zona geográfica que mais próxima está da sua sede.

Certamente, admito também, não se prevê que algum meu concidadão se lá venha a afogar e, daí, a menor celeridade atribuída pela CML ao assunto. Mas (bolas!) ao menos, senhores da CML e serviços (in)competentes, pensem em colocar na proximidade um aviso balnear com bandeira e uma bóia. Porque nunca se sabe...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Honda reinventa a roda (?)



Assim o parece ser, se virmos os videos que aqui incluo. Apresentada em Abril deste ano, esta roda, chamada de Honda Omni Traction Drive System, não... "roda" simplesmente para a frente ou para trás. Ela também permite deslocações laterais e sem mudar de posição, permitindo manter uma tracção integral em qualquer dos 3 sentidos!






Na realidade, a roda é mais do que uma, num só objecto. É constituída pelo elemento principal, de aspecto mais ou menos "tradicional", ao longo de cuja superfície estão montadas inúmeras outras rodas de menores dimensões e que são, no fundo, o segredo do sistema.

Se a isto juntarmos o veículo demonstrador desta tecnologia, o protótipo U3-X Personal Mobility, só posso concluir que a calaceira, nacional e não só, terá todo o direito de ficar ansiosa de antecipação pela disponibilização e disseminação deste veículo. Aí é que nunca mais se tirava o proverbial rabinho da cadeira! Arriscarei mesmo a dizer que, a ser usada esta... "solução" (?!), a raça humana dispensará de todo estes apêndices até então conhecidos como pernas! "Pernas para quê?" será, inclusive, expressão popular a ganhar, também ela, uma nova dimensão e significado!

Japonesices...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A nossa e-casinha


A nossa e-casa tem estado algo "vazia". Esperemos que assim não continue.
Mas está bem guardada.

BANG!!

Não, não estou a treinar tiro com pistola. Trata-se simplesmente do nome da publicação em formato e-book, muito boa, digo-o já, da revista da editora Saída de Emergência (SE).

Há poucos dias foi disponibilizada nova edição online, a oitava (que é na realidade a nona, uma vez que nasceu no número zero) à qual se pode aceder clicando na imagem de capa:


Todos os e-números até agora editados podem ser vistos e descarregados aqui, gratuitamente. Com conteúdo dividido entre a ficção e a não-ficção, esta é uma boa forma de divulgação da actividade editorial da SE, na qual se inserem excertos de obras por ela publicadas, bem como textos inéditos de autores nacionais e estrangeiros.

Sempre é uma alternativa para a todos aqueles cujos horizontes literários, em modo de leitura gratuita ("e-" ou não), se restringem ao Metro, Destak, Oje, Borda d'Água e quejandos. E friso que nada tenho contra estes (além de, por serem jornais, me sujarem as mãos que até arrepia).

Vergonha para ti, Câmara Municipal de Lisboa...


A imagem, que captei hoje de manhã, mostra (espero eu, que o espertofone não é uma Nikon) o estado em que está a passagem de peões junto a uma das saídas da estação da CP do Cais do Sodré. E assim está desde há 3 semanas, altura em que caiu uma primeira chuvada.

Desde esse dia e como entretanto vieram dias mais secos, a coisa passou por si, ou seja, a zona voltou a estar transitável. Infelizmente e como os dias de chuva regressaram, os transeuntes voltaram a ter de viver com a situação de impedimento do uso da passagem de pões (que, diga-se, mesmo em condições normais nem sempre é respeitada pelos condutores, mas isso é tema para outra conversa).

É de bradar aos céus — primeiro, para ver se o São Pedro abranda um pouco mais no seu entusiasmo aquático — que desde há tanto tempo e numa zona urbana de grande movimentação de cidadãos (não esquecendo o mau aspecto que se apresenta aos turistas que ainda por cá permanecem), a CML – Câmara Municipal de Lisboa ainda não tenha feito fosse o que fosse para 1) limpar as sarjetas e 2) tornar a zona um pouco menos insegura para os transeuntes do que é habitual.

Talvez que a sua “distracção” seja justificada. Provavelmente andam a olhar para o outro lado da cidade e não repararam. Provavelmente nenhuma patrulha da Polícia Municipal ainda tenha, em 3 semanas, tido oportunidade de passar pela zona. Talvez, também, os cidadãos que a frequentam lamentem a ocorrência mas também não sejam activos o suficiente para o dar a conhecer à CML, exercendo, digamos, um dever cívico para com todos (já que, repito/suspeito, os elementos da Câmara estão muito longe da área — afinal da Praça do Município ao Cais do Sodré eles só se deverão deslocar de Lexus e aquilo é um ror-de-centenas-de-metros (muito trabalho; ouff…) — e, portanto, ainda não deram pela “coisa”.

Seja como for, decidi tirar o retrato hoje, que vou fazer questão de comunicar à CML através do canal próprio, a sua página oficial. Veremos se ainda por lá haverá algum funcionário e/ou pás disponíveis para pôr(em) mãos-à-obra e se acabar de vez com aquele espectáculo completamente dispensável e prova da incúria dos serviços públicos.

O contacto que irei usar, retirado das dezenas disponíveis, é este:
CAM - Centro de Atendimento ao Munícipe
Telefone: 808 20 32 32
Fax: 808 20 31 31
Email: municipe@cm-lisboa.pt

Eu cá virei dar conhecimento dos resultados deste contacto.

Everything But The Girl , "When All's Well"



We are not true
We are not pure
We are not right

O but still I'll steal to you at night
Too selfish by half
Too ugly by far
Oh But when your songs have been sung, come to me
come to me
come to me
come to me

Rumours are rife
winter blows cold
Reminds me of such wretched times
And yet all the same
I will never deign
To think ill of you
When all's well
My love is like cathedral bells
When all's well
My love is like cathedral bells

We are not true
We are not pure
We are not right

Amongst all the dross
lies and the grief
There are so many things you just wouldn't believe
amongst all the dross
The lies and the grief
When all's well
My love is like cathedral bells

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

El Guincho, "Bombay"

Não sei bem porquê, mas adoro este vídeo... Um bom tema, também.



 
EL GUINCHO | Bombay from MGdM | Marc Gómez del Moral on Vimeo.

Apetece-me

Juro que nada tem a ver com este meu texto, mas a verdade é que me apetece (sei lá porquê), dizer palavrões por tudo e por nada. A sorte de quem me rodeia é que nunca tive o hábito de os dizer em público, em alta-voz — mas o mesmo já não posso dizer da intimidade da minha cabeça...

(foda-se...)

Começou a temporada...

(Imagem do Jornal Público, Nuno Ferreira Santos)

Este ano, um pouco mais tarde que o habitual mas mesmo assim eles aí estão. É impossível escapar-lhes, de tão espalhados estarem — parecem uma praga, semelhante, digo eu, à omnipresença dos pombos nas grandes cidades.

Falo dos "pais natais" e "meninos jesuses" à(s) janela(s). Dependendo da inclinação do respectivo proprietário, mais profana ou sagrada, estes objectos de dependurar ornamentam as fachadas dos lares portugueses, dos mais humildes aos mais novos-ricos.

A mim, "ferem" a vista e a estética, já tantas vezes e por si só duvidosa, de alguns edifícios urbanos. A quem beneficiam? pergunto eu. Nem de propósito (talvez como que respondendo a esta pergunta retórica), a notícia de primeira página do Correio da Manhã de 29 de Novembro último já berrava "Igreja já perde 50% das esmolas".

Historicamente falando, os estandartes do Menino Jesus foram por cá lançados em finais de 2009 por "um grupo de famílias cristãs", que, desinteressadamente, pois claro, teve a iniciativa de lançar uma página na Web onde se vendem em kits! (como os tempos mudaram, desde um grupo acossado por romanos sedentos de sangue até a um grupo de caridosos informáticos evangelizadores...)

Mas, calma! Que, afinal (cito a dita página): "Os lucros obtidos na venda dos kits reverterão para as obras sociais da paróquia/movimento onde forem adquiridos." €12 é quanto custa. Mas note-se que está tudo controlado, caso não existam perto de si paróquias com a mercadoria disponível. Com efeito, "Se na sua área de residência não existir nenhuma paróquia/movimento que tenha aderido a esta iniciativa, pode solicitar, excepcionalmente, o seu kit através do email [blablabla; inserir e-mail aqui] (15 euros por correio normal com portes incluídos e 21 euros para envios à cobrança )"!! Antes do aumento da taxa do IVA ou depois? Como eu (não) fico mais descansado... Afinal, toda esta barbaridade visual (repito: tanto de pais natais, como de meninos jesuses), afinal até serve um propósito louvável!

Mas há aqui um problema. Mesmo que eu, parolamente, assumisse que 100% destes €12 (ou 15 ou 21, consoante) fosse canalizado, de facto, para as "obras sociais da paróquia/movimento onde forem adquiridos", isso só seria bom se os ditos meninos fossem descartáveis após cada época festiva. Convenhamos que está mal bastar eu *hoje* dar 12 euros (ou 15 ou 21, consoante), tudo muito bonito, mas que me dão direito vitalício de uma consciência aplacada, ignorando doravante as necessidades alheias. Que não tiram férias e são cada vez mais gritantes.

Ou não me digam que quem comprou o primeiro estandarte em 2009, este ano vai comprar outro "só" para contribuir para as "obras sociais da paróquia/movimento onde forem adquiridos"?? Será que no tal sítio na Web lá vão colocar entretanto (por exemplo, como o fazem com a exaustiva lista de pontos de venda...) os resultados palpáveis e concretos (visíveis, mesmo!) de tão abnegado e desinteressado esforço financeiro iniciado em 2009?

Portanto, é assim (uma possível conclusão): os Portugueses preferem, nestas épocas natalícias e num acto de puro egoísmo saloio, "engalanar" as suas habitações com aqueles objectos que para nada servem excepto acalmar o seu ego e sentido de partilha e solidariedade desviados (ia dizer "desviantes", mas para isso estou cá eu). Sendo, ou não, Natal.

Poupem-me os olhinhos por favor...


P.S.: E com esta me retiro, para preparar o enxoval antes de me porem às portas do Inferno (cristão).