domingo, 30 de janeiro de 2011

Batelco, "INFINITY" a viagem

Um prodígio de imaginação e talento, este filme. E que mensagem! Conforme declara a Batelco, uma empresa de telecomunicações do Bahrain, na página do Facebook dedicada ao conceito "Infinity":

An EPIC ad film about a journey through people's ideas. Ideas you never thought possible. WILL NOW COME TO LIFE. Keep thinking.


Foursquare cresceu 3400% em 2010



A infografia fala por si. O foursquare, co-fundado em 2007 por Dennis Crowley e Naveen Selvadurai, é uma plataforma social que permite registar os locais frequentados pelos subscritores que possuam um telemóvel smartphone munido de GPS, ou simplesmente por SMS. Fazendo "check-in" nos locais visitados e que se situem no raio de alcance do sistema de posicionamento do momento é-nos assim possível registar uma opinião sobre o mesmo (mas não é obrigatório), o que permite que qualquer outro aderente dele possa tomar conhecimento.

Como incentivo extra, a visitação continuada (avaliada ao longo de períodos de dois meses) permite que os mais assíduos se tornem Mayors (Presidentes de Câmara, digamos) desse local. Além deste estatuto, também são conferidas medalhas (Badges) quando se atinge algum marco pré-definido pelo sistema (por exemplo quando se obtêm 10 Mayorships, quando se completam check-ins a 50 locais diferentes etc.). Na imagem acima podemos por exemplo saber quais os "3 mais" nas áreas das estações de caminho-de-ferro, hotéis ou galerias d'Arte. Para as empresas que aderiram, o sistema também permite que em algunas casos o seu uso resulte em benefícios para os clientes individuais, que poderão ser presenteados com campanhas ou promoções especiais, Portugal incluído.

Não espanta, pois, que o foursquare se tenha alcandorado à posição a que chegou ou ao nível de crescimento agora festejado. Pois se até "alguém" já se registou desde o espaço, em 22 de Outubro de 2010... ;)

Vancans, "What's a Woman to Do?"

Tema produzido pelo Los Angelino (?! Fuck it, inventei agora...) Jeremiah Vancans com voz da inimitável Nina Simone. Vídeo condizente (gosto do final), captado, editado e dirigido por Richard Rudy.



sábado, 29 de janeiro de 2011

"A Brief History of E-Publishing"

Kindle DX (Amazon)

É o título do texto que o autor e argumentista Rob Kroese ("And it's pronounced KROO-zee", como ele insiste) publicou no seu site há três dias a propósito de um livro que está a escrever sobre a auto-edição de romances e o papel do e-publishing na divulgação de obras directamente pelos próprios autores.

Como se sabe, o panorama da edição está a mudar. E começou há muitos anos, inicialmente discreta e lentamente. Esta nova onda começou a ganhar corpo em meados dos anos de 1990 do século XX e, mais recentemente, sofreu um grande impulso. A cronologia está completa q.b. e lendo-a fica-se realmente com a ideia da evolução da indústria da edição literária. Um novo século, um novo paradigma. O digital aí está, seja pela difusão electrónica de obras, a serem lidas em computadores pessoais ou leitores exclusivamente dedicados a este fim, ou recorrendo às redes sociais entretanto criadas.

E não ficaremos, seguramente, por aqui. Pessoalmente — falando apenas no lado "consumidor" na equação da produção literária — sou dos que prefere (ainda) cheirar e manusear um livro, seja ele qual for. Em algumas circunstâncias, todavia, não digo que não recorreria a um leitor digital de livros (e-Book Reader ou e-Reader). Mas não me estou a ver a deixar de olhar para um livro como uma unidade e não como uma engenhoca electrónica dentro da qual guardo a Biblioteca de Alexandria. Hmm, pensando bem não é o que já fazemos (eu incluído...) com o consumo e propriedade da música? Contradições culturais...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O que fazer com isto? #Mayorship



Atingi há um par de dias o estatuto de Mayor de (mais) uma zona que frequento diariamente desde há décadas e que aqui tenho criticado várias vezes (não pela zona em si, de que gosto, mas pelo que por vezes não fazem com ela os responsáveis a sério). Agora que sou o "Presidente" desta zona geográfica lisboeta, o que fazer? Ser-me-ão doravante imputadas responsabilidades pela incúria dos meus antepassados? Serei obrigado a intervir proactivamente? O que de mim dirão (nas costas, como sempre) os meus "e-constituintes"? E — importante não esquecer esta — o que estará agora a pensar a pessoa que demovi do cargo? @!#§$%3# no mínimo...

Para cúmulo, já me chegaram aos ouvidos testemunhos de que alguém andará já a cobiçar o meu actual cargo. Isto é que é uma vida, hein??

Sony NGP: a Next Generation Portable


PlayStation Meeting 2011 - NGP, Sony’s Next Generation Portable from SpacePigTV on Vimeo


Mais informação sobre a NGP, nesta página do Akihabara News. A consola portátil que irá fazer frente à Nintendo 3DS.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Verdade(s) de que gosto (I)

"Entre nós não há corpos divinos"

Citando uma das várias mulheres, Margarida de seu nome, com quem o escritor cubano Guillermo Cabrera Infante (1929-2005) partilhou a intimidade e que lhe serviu de mote para a obra que a Quetzal Editores lançou recentemente no mercado português, Corpos Divinos. Cit. que retiro, por sua vez, da crítica apresentada na revista Time Out Lisboa (nº 173, 19 a 25 de Janeiro 2011).


Porquê uma "verdade" e porque gosto tanto dela, que a fiz a primeira de (julgo eu) várias outras que se me ocorrerem, de que me lembre ou que comigo se cruzarem? Uma verdade porque só a vã soberba humana se poderá considerar de pura e imaculada, perfeita mesmo. É preciso contrariar-se o conceito da perfeição física, algo que não existe nem mesmo naqueles e naquelas que se convencionou (sem que alguma vez tenha entendido exactamente porquê) considerar como acima dos restante mortais — o que me faz recordar outra verdade, esta, sim, absoluta e inescapável: Memento Mori. Está assim igualmente explicada a razão pela qual gosto dela: frontal, directa e sucinta.

René Magritte, Lola de Valence (1948)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"Resposta a um anúncio de emprego!"

Para quem não tenha Facebook (FB), é com enorme prazer que aqui partilho esta pérola ontem lá colocada por um utilizador português. Nela, um recém-licenciado, em resposta a um anúncio de oferta de emprego, decidiu responder-lhe "à letra". O texto original aqui segue na íntegra e sem modificações de qualquer espécie, excepto alguma formatação dos caracteres:


"Este anúncio foi publicado num famoso site de procura e oferta de trabalho nacional. Um jovem recém-licenciado na área leu-o e achou que devia responder à letra!
A Revista Visão de 16 de Julho publica um artigo sobre o jovem que deu esta resposta!

A XXXXXXXXXX está a aceitar candidaturas para estágio na área de Design
Requisitos Académicos: Finalista ou recém-licenciada(o) em Design


Competências pessoais:
* Poder de comunicação;
* Iniciativa;
* Auto-motivação;
* Orientação para resultados;
* Capacidade de planeamento e organização;
* Criatividade

Competências técnicas:
Conhecimentos nos seguintes programas/linguagens
® Adobe Photoshop,
® InDesign,
® Illustrator (FreeHand e Corel Draw) Flash,
® Dreamweaver,
® Premiere,
® AfterEffects,
® SoundBooth,
® SoundForge,
® AutoCad,
® 3D StudioMax
® HTML (basic),
® ActionScript 2.0 (basic),
® CSS,
® XML.
Remuneração: Estágio Remunerado
Duração: 6 meses, com possibilidade de integração na equipa

Portanto, e resumindo, esta empresa quer um recém-licenciado que saiba de origem 13 softwares e 4 linguagens de programação. Isto é o país em que vivemos.
Não me ficando atrás perante esta pérola, decidi responder no mesmo estilo. Eis o que lhes respondi:


Boa noite,

Estou a entrar em contacto para responder ao anúncio colocado no site Carga de Trabalhos para a posição de estagiário em Design.
Chamo-me André Sousa, tenho 25 anos e sou um recém-licenciado em Design de Equipamento (Fac. Belas Artes de Lisboa).
Sou extremamente comunicativo, transbordo iniciativa e auto-motivação, estou constantemente orientado para os objectivos como uma bússola para o Norte (magnético), sou mais planeado e organizado que o Secretário de Estado de Planeamento e Organização e sou um diamante da criatividade como já devem ter percebido e como vão poder comprovar nas próximas linhas.

Quanto aos conhecimentos técnicos:
Sou um mestre em Adobe Photoshop.
Conheço o InDesign por dentro e por fora.
O Illustrator, Freehand, Corel e o Flash são os meus brinquedos do dia a dia, faço o que quiser com eles.
Nem me ponham a falar do Dreamweaver, até de olhos fechados...
Premiere... Até sonho com ele!
AfterEffects tem um lugar especial no meu coração.
Faço umas coisas bem maradas com o SoundBooth e o SoundForge.
Com o Autocad e o 3d Studio Max até vos faço duvidar dos vossos próprios olhos.
Html, Action Script 2.0, CSS e XML são as linguagens do meu mundo.
Mas sejamos francos, qualquer estudante de 1º ano sabe de cor e salteado qualquer um destes 13 softwares e 4 linguagens de programação...

Eu sou um recém finalista. E como tal tenho muito mais para oferecer:
Tenho conhecimentos de Cinema 4D, Maya, Blender, Sketch Up e Paint ao nível de guru.
Tenho conhecimentos mega-avançados de C+, C, C++, C+ ou -, Java, JavaScript, Ruby on Rails, Ruby on Skates, MySQL, YourSQL, Everyone'sSQL, Action Script 3.0, Drama Script 3.0, Comedy Strip 3.0 e Strip Tease 2.5, Ajax, Vanish Oxi Action, Oracle, Sonasol, XHTML, Batman e VisualBasic.
Conheço o Office todo de trás pra frente assim como o Microsoft WC.
Domino o Flex ao nível do Bill Gates e mexo no Final Cut Pro melhor que o Steven Spielberg.
Tenho ainda conhecimentos de grande amplitude em 4 softwares que estão a ser desenvolvidos por grandes marcas e também de 3 outros softwares que ainda não foram inventados.
Falo 17 línguas, 5 das quais já estão mortas e 6 dialectos de povos indígenas por descobrir.
Com estes conhecimentos todos estou super interessado num estágio porque acho que ainda tenho muito para aprender e experiência para ganhar. Espero que ao fim de 6 meses tenha estofo suficiente para poder fazer parte da vossa equipa e quem sabe liderá-la.
Fico ansiosamente à espera de uma resposta vossa.
Embora tenha uma oportunidade de emprego na NASA e outra no CERN espero mesmo poder fazer parte da vossa equipa.

Cumprimentos,
A. S.

PS: Com um anúncio desses, a pedir o que pedem a um recém-licenciado, é uma resposta destas que merecem. Peço desculpa se feri susceptibilidades mas não me consegui conter."

Eu, se fosse empregador, aceitava-o já. Para já, revela uma lucidez digna de registo (mais, até, que a tal empresa que parece querer exigir o Universo a um pobre (em mais do que um sentido, na esmagadora maioria dos casos) recém-licenciado, a troco de migalhas e promessas de nada.

Infelizmente, este chico-espertismo profissional empresarial é mais comum do que se possa pensar. Assim houvessem mais pessoas a responder desta forma a anúncios deste calibre e talvez quem "oferecesse" trabalho (mas alguém ainda acredita na estória da carochinha e vergonhosa contradição de termos que é a expressão "Oferta de trabalho"? Alguém oferece alguma coisa a alguém, ainda por cima nos dias actuais?)

Isto é tecno-escravatura encapuçada, dirigida, qual aranha voraz que tece a teia que pretende apanhar incautas vítimas, a pessoas menos avisadas! Eu, com proficiência naqueles ambientes todos, também aceitaria "ofertas" de uma NASA, dum CERN. Só.

Fotografia Desportiva: Christopher Wilson

Escrevo este texto tendo em atenção duas das minhas paixões: fotografia e desporto automóvel. E começo-o destacando Christopher Wilson, norte-americano especializado na temática desportiva. Após uma carreira de 15 anos na área da publicidade, onde foi escritor, director de arte e designer, decidiu em 2005 dedicar-se à fotografia a tempo inteiro. Cheguei até ele por intermédio de um dos blogs que sigo (Just A Car Guy) e foi aqui que descobri as belas fotos que captou durante a Bonneville Speed Week que tem lugar no deserto salgado de Bonneville, situado no noroeste do estado norte-americano do Utah.

Este deserto tem estado associado desde há décadas às tentativas (e conquistas) de quebra do Recorde de Velocidade Terrestre (ou Land Speed Record) em quatro e duas rodas. Digamos sobre estes que serão os pesos-pesados da velocidade, ou, eufemisticamente, semi-profissionais empenhados. Mas também há "os outros", os verdadeiros amadores que tentam emular os primeiros (quem não sente excitação por uma bela velocidade pura?) e que constroem os protótipos nas traseiras da sua casa. Para estes últimos, existe o evento anual (este ano entre 13 e 19 de Agosto), em bom tempo documentado fotográfica e artisticamente por Christopher Wilson, a Bonneville Speed Week. Uma verdadeira "Salt Fever", ou Febre do Sal, que captou em Outubro de 2009.

Olhando para a beleza nua da paisagem, até já ouço os roncares, mesmo que a uma distância infinita do local.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os Razzies 2011 são uma razia!!


Isto é que são prémios! Daqueles que nos fazem realmente ver o "podre" da arte do entretenimento (baseados em pressupostos eventualmente discutíveis, certamente) em vez de se enaltacerem até aos túbaros as virtudes desta ou daquela "estrela" de carne-e-osso ou de obra cinematográfica de pendurar na parede da sala, endeusando-os perante plateias condescendentes — nada de mais, atendendo a que os monitores em que hoje em dia os desfrutamos já *são* penduráveis numa parede...

As razias vendavalescas que são apanágio destas pedradas no charco cá estão de novo, em 31ª edição, com as nomeações a lembrarem-nos o que de mau(zinho) se pôde (ou não, ou não, com-sorte-e-queira-dEUS) assistir nos ecrãs em 2010. E este ano com a estreia de uma nova categoria: a de "Pior Uso do 3-D".

Graças ao io9, que cito, eles aqui estão, os Nomeados para os Razzies 2011. Quem  arrecadará a ansiada Framboesa de Ouro (a jocosamente baptizada Razzberry, ou "Razzie" para os inimigos)? Veredictos a saírem já no próximo dia 26 de Fevereiro, véspera da cerimónia dos Óscares na sua 83ª edição.

Já se sabe: o que ficar em último é o melhor! =P



Pior Filme
The Bounty Hunter (Columbia Pictures/Relativity Media)
The Last Airbender (Paramount/Nickelodeon Movies)
Sex and the City 2 (Warner Bros/New Line/HBO Pictures)
The Twilight Saga: Eclipse (Summit Entertainment)
Vampires Suck (20th Century-Fox/Regency Enterprises)

Pior Actor
Jack Black in Gulliver's Travels
Gerald Butler in The Bounty Hunter
Ashton Kutcher in Killers and Valentine's Day
Taylor Lautner in The Twilight Saga: Eclipse and Valentine's Day
Robert Pattinson in Remember Me and The Twilight Saga: Eclipse

Pior Actriz
Jennifer Aniston in The Bounty Hunter and The Switch
Miley Cyrus in The Last Song
The Four "Gal Pals" (Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis & Cynthia Nixon) in Sex and the City 2
Megan Fox in Jonah Hex
Kristen Stewart in The Twilight Saga: Eclipse

Pior Actor Secundário
Billy Ray Cyrus in The Spy Next Door
George Lopez in Marmaduke, The Spy Next Door and Valentine's Day
Dev Patel in The Last Airbender
Jackson Rathbone in The Last Airbender and The Twilight Saga: Eclipse
Rob Schneider in Grown Ups

Pior Actriz Secundária
Jessica Alba in The Killer Inside Me, Little Fockers, Machete and Valentine's Day
Cher in Burlesque
Liza Minnelli in Sex and the City 2
Nicola Peltz in The Last Airbender
Barbra Streisand in Little Fockers

Pior Casal / Elenco no Ecrã
Jennifer Aniston and Gerald Butler in The Bounty Hunter
Josh Brolin's Face and Megan Fox's Accent in Jonah Hex
The Entire Cast of The Last Airbender
The Entire Cast of Sex and the City 2
The Entire Cast of The Twilight Saga: Eclipse

Pior Prequela, Remake, Imitação ou Sequela
Clash of the Titans
The Last Airbender
Sex and the City 2
The Twilight Saga: Eclipse
Vampires Suck

Pior Director
Jason Friedberg & Aaron Seltzer for Vampires Suck
Michael Patrick King for Sex and the City 2
M. Night Shyamalan for The Last Airbender
David Slade for The Twilight Saga: Eclipse
Sylvester Stallone for The Expendables

Pior Argumento
The Last Airbender (written by M. Night Shyamalan, based on the TV series created by Michael Dante DiMartino and Bryan Konietzko)
Little Fockers (written by John Hamburg and Larry Stuckey, based on characters created by Greg Glienna and Mary Ruth Clarke)
Sex and the City 2 (written by Michael Patrick King, based on the TV series created by Darren Star)
The Twilight Saga: Eclipse (screenplay by Melissa Rosenberg, based on the novel by Stephenie Meyer)
Vampires Suck (written by Jason Friedberg & Aaron Seltzer)

Pior Falhanço-de-Arrancar-Olhos No Uso de 3-D [*]
Cats & Dogs: The Revenge of Kitty Galore
Clash of the Titans
The Last Airbender
The Nutcracker in 3D
Saw 3D

[*] Desculpem, mas perde-se, na tradução, a graça do original "Worst Eye-Gouging Mis-Use of 3-D" (com éne variantes possíveis em Português...)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Esben and the Witch, "Marching Song"

Os Esben and the Witch são uma nova banda britânica, um trio que se reuniu em 2008 na cidade de Brighton. Até hoje apenas editaram autonomamente, em vinyl, o EP "33" e um 7 polegadas limitado (Lucia, at the Precipice), mas no dia 31 deste mês a Matador Records editará no Reino Unido o seu primeiro trabalho de longa duração, intitulado "Violet Cries".

Donos de um som de influências góticas (The Cure e Siouxsie and the Banshees não andam longe), uma certa violência áspera mas ao mesmo tempo melódica e incandescente se sublima nas imagens fortes sugeridas pelos títulos dos próprios temas. A prová-lo, a audição de "Marching Song", o primeiro vídeo oficial, dirigido por David Procter e Peter King (The Agenda Collective).

Se a isto juntarmos as influências declaradas dos elementos dos Esben (Daniel, Thomas e Rachel) por Anno Birkin, William Blake, J. G. Ballard, David Lynch, Francis Bacon (aqui fico na dúvida se se trata do Francis Bacon filósofo, ou do Francis Bacon, artista plástico; talvez ambos), Hieronymus Bosch, Ted Hughes, Thomas Hardy, Baudelaire, Edgar Allen Poe, Oscar Wilde, Sylvia Plath, Werner Herzog, irmãos Grimm e Twin Peaks, então teremos matéria adicional para melhor entendermos as viagens musicais propostas. Dos temas que já ouvi, direi que não estão a enganar a audiência.





Na sua página oficial a banda disponibiliza três temas para download. O tema deste post (remix Snorkel), Skeleton Swoon (dos também britânicos worriedaboutsatan) e Warpath (um edit do álbum).

sábado, 22 de janeiro de 2011

Fukitol. Estou a precisar...

Vou começar a tomar disto. Só espero que seja comparticipado porque vou precisar de MUITOS.
Veja-se o vídeo demonstrativo. Parece-me eficaz...


Destroyer, "Kaputt" em audição integral

Destroyer é um projecto do canadiano Dan Bejar, iniciado em 1995. Kaputt é o mais recente álbum da banda (o 13º) e será editado no mercado no próximo dia 25 deste mês, estando já disponível para pré-compra.

A sua audição integral é cortesia exclusiva do blog The Hype Machine, que a alojou no SoundCloud.com. Começa precisamente com a faixa mais escutada entre nós, "Chinatown". Nove temas de electrónicas suaves, discretas mesmo, com instrumentos de sopro pontuando melodias bem acompanhadas pelo voz do criador, em poemas condizentes. Transportam-me para longe daqui... (e não é esta a verdadeira essência — qualidade — da Música?)

Infelizmente e como o código disponibilizado para carregamento diferido do "player" para partilha dos temas não se está a comportar à altura da obra (shame...), é favor visitar directamente a página do Hype Machine no SoundCloud: http://soundcloud.com/hypem/sets/kaputt/s-I2Ja2.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Lisboa Aérea

Aproximação e aterragem na pista 03-21 do Aeroporto da Portela (LPPT, no código ICAO), em Lisboa. Que bom vídeo e que saudades de voar... Só assim se pode ter uma ideia acrescida de quão bonita é a cidade.
E como este é um blog em que eu viajo imeeenso, distribuindo umas passagens à borla... ;)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

The Steelwells, "El Capitan"


Tema incluído no álbum de 2009 dos The Steelwells, "Shallow on the Draft". A banda foi a vencedora dos OC Music Awards na categoria de Melhor Canção 2010.

Fuuuck... ainda não passou...


OMG, practicamente a fazer um mês que tive a minha primeira cirurgia, hoje foi um dia em que parece que fui submetido a ela ontem, tais são as dores e "impressões" que tenho sentido, a começar logo de manhãzinha.

Que desespero...
Gaaaaaaaaaaaaaaaaaa.....
*plim*

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Arte Urbana ou disfarçe camarário?

Está pelos vistos a tornar-se “moda” urbana, pelo menos em Lisboa. Já aqui falei do assunto das fachadas de prédios devolutos (ou a necessitarem de urgente intervenção estrutural, para não dizer renovação estética) que passaram a ser decorados com intervenções de artistas plásticos, em jeito de "OK, vamos fazer aqui uma intervenção artística e ao mesmo tempo disfarçar que esta cena está há anos sem que alguém lhe preste atenção".

Além dos dois casos que já aqui referi (e o de OSGEMEOS foi pioneiro neste tipo de intervenção) há um par de dias constatei que também no topo da Avenida da Liberdade, à esquerda de quem se dirige à Praça do Marquês de Pombal (não tenho ainda fotos), mais uma fachada foi submetida a este tratamento.

Não questiono (mas, sim, este texto tem o intuito de questionar, ou não o teria escrito de todo) a decisão de os pintar. Questiono sim (aliás, suspeito), é que estas medidas camarárias servem para mascarar, ao abrigo do projecto Pampero Public Art 2010 e em mais do que um sentido, a costumeira incúria a que a Câmara Municipal de Lisboa vota ao seu património urbano. A menos que os ditos edifícios lhe não pertençam, caso em que os respectivos proprietários deveriam ser responsabilizados pelo estado a que deixaram chegar os seus bens imóveis.

A justificar as minhas suspeitas, por exemplo, o edifício da Avenida Fontes Pereira de Melo pintado (e muito bem) pel’OSGEMEOS, estava há muitos anos devoluto e a necessitar de obras (ainda e cada vez mais), tendo estado coberto com uma tela colorida, entretanto desbotada até mais não, e que ironicamente enumerava as intervenções camarárias, compulsivas ou de sua iniciativa, já executadas. Agora, pintado “de fresco”, a coisa disfarçou-se e poupou seguramente à C.M.L., através da sua Galeria de Arte Urbana (GAU), alguns milhões de €uros — apesar de considerar que o trabalho do par de graffiters brasileiros não deva ter sido propriamente executado graciosamente. "Enquanto não cair tudo em cima dos transeuntes, estamos bem", pensará a C.M.L.?.

Três edifícios já “tratados”. Até quando e quantos mais se lhes seguirão, sob o pretexto da "Arte Efémera" ou "Street Art"?

Viv’Arte!

Florence Welch: Letter from LA

"Florence: Letter from LA" é um curto filme no qual a câmara de Tabitha Denholm acompanha a face principal dos Florence and the Machine, que pudemos ver mais recentemente no concerto do Optimus Alive 2010. A reprodução que aqui deixo foi publicada a 21 de Dezembro último no Nova-iorquino (New Yorker soava-me melhor...) Nowness e leva-nos a acompanhar alguns dos momentos de um dia da Flo em tournée norte-americana no Outono do ano passado. De acordo com a informação do Nowness, esta nova curta da Tabitha constitui a primeira de três partes de uma série colectivamente intitulada Letters From America, que também segue a Florence até New Orleans e New York.

Bonita fotografia, e bela música, com uma das mulheres artistas do meu coração.



Florence Welch: Letter from LA no Nowness.com.

domingo, 16 de janeiro de 2011

"A" cover do "Fuck You" de Cee-Lo Green

É um dos mais badalados temas de Cee-Lo Green, aliás Thomas DeCarlo Callaway. Terceira faixa do álbum de 2010 The Lady Killer, bastante dançável, como sempre, dispensa mais apresentações. E falo dele, não para analisar o tema e a respectiva letra (trabalho que deixo ao visitante) mas sim para admirar esta autêntica cover em que uma aluna, provavelmente em alguma apresentação, a "canta" apenas por linguagem gestual. Uma performance digna do registo que deu origem a este vídeo, colocado há uma semana no YouTube. Tenho a certeza de que o próprio Cee-Lo, quando vir isto, lhe irá dar o devido valor.

A título de curiosidade, para leigos na matéria dalinguagem gestual, FSL significa French Sign Language e é, como o nome indica, a codificação (digamos) deste tipo de linguagem em Francês.

E agora todos nós ficámos a saber como "gestuar" um Fuck You! a alguma incauta vítima da nossa susceptibilidade...






I see you driving 'round town with the girl I love
and I'm like,
"FUCK YOU!"
Ooo,ooo,oooo
I guess the change in my pocket wasn't enough
I'm like,
"FUCK YOU!
And fuck her too."
I said,
"If I was richer, I'd still be with ya"
Ha, now ain't that some shit?
(Ain't that some shit?)
And although there's pain in my chest
I still wish you the best
With a...
"FUCK YOU!"
Ooo,ooo,ooo

Yeah I'm sorry,
I can't afford a Ferrari,
But that don't mean I can't get you there.
I guess he's an Xbox and I'm more Atari,
But the way you play your game ain't fair.
I pity the fool
That falls in love with you
(Oh shit she's a gold-digger)
Well
(Just thought you should know nigga)
Oooooooooh
I've got some news for you.
Yeah go run and tell your little boyfriend.

I see you driving 'round town with the girl I love
and I'm like,
"FUCK YOU!"
Ooo,ooo,oooo
I guess the change in my pocket wasn't enough
I'm like,
"FUCK YOU!
And fuck her too."
I said,
"If I was richer, I'd still be with ya"
Ha, now ain't that some shit?
(Ain't that some shit?)
And although there's pain in my chest
I still wish you the best
With a...
"FUCK YOU!"
Ooo,ooo,ooo

Now I know,
That I had to borrow,
Beg and steal and lie and cheat.
Trying to keep ya,
trying to please ya.
'Cause being in love with your ass ain't cheap.
I pity the fool
That falls in love with you
(Oh shit she's a gold-digger)
Well
(Just thought you should know nigga)
Oooooooooh
I've got some news for you.
Ooh,
I really hate your ass right now.

I see you driving 'round town with the girl I love
and I'm like,
"FUCK YOU!"
Ooo,ooo,oooo
I guess the change in my pocket wasn't enough
I'm like,
"FUCK YOU!
And fuck her too."
I said,
"If I was richer, I'd still be with ya"
Ha, now ain't that some shit?
(Ain't that some shit?)
And although there's pain in my chest
I still wish you the best
With a...
"FUCK YOU!"
Ooo,ooo,ooo

Now baby, baby, baby, why d'you wanna wanna hurt me so bad?
(So bad, so bad, so bad)
I tried to tell my mama but she told me
"This is one for your dad."
(Your dad, your dad, your dad)
UH!
Whhhhy?
Uh!
Whhhhy?
Uh!
Whhhhy lady?
Oh!
I love you.
Oh!
I still love you.
Oooh!

I see you driving 'round town with the girl I love
and I'm like,
"FUCK YOU!"
Ooo,ooo,oooo
I guess the change in my pocket wasn't enough
I'm like,
"FUCK YOU!
And fuck her too."
I said,
"If I was richer, I'd still be with ya"
Ha, now ain't that some shit?
(Ain't that some shit?)
And although there's pain in my chest
I still wish you the best
With a...
"FUCK YOU!"
Ooo,ooo,ooo

sábado, 15 de janeiro de 2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Leitura? Como?


Vim de uma livraria na capital e regressei desiludido e céptico quanto à eficácia das propaladas "vontades" (políticas, meramente) de incentivar o chamado "gosto-pela-leitura" junto dos meus conterrâneos. Começo por lamentar que eles (os conterrâneos) se preocupam maioritariamente com futebol, comida e/ou com o preço do tabaco. "Ler??", talvez os jornais diários gratuitos. "Pagar para ler??", isso é que nem pensar!

Tenho noção de estar a fazer uma apreciação algo cínica deste fenómeno de massas português, pela negativa, que é o arredamento do consumo "do ler", mas quando também constato que practicamente todas as obras que empunhei naquela livraria tinham um preço nunca inferior aos 20-22 euros, mais convicto fico de não vislumbrar no horizonte do médio-prazo forma de inverter a tendência nacional.

Ler, como? A que preço(s)?? Este tipo de bens de Cultura devia ser taxado de forma a que se tornassem populares. É a única forma que vejo de pôr os Portugueses a ler.
A "obrigá-los" a ler?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

The Vaccines, "Post Break-Up Sex"

Todos os males têm (pelo menos acredito que sim...) um remédio. O dos novíssimos The Vaccines — que nome mais apropriado, considerando o assunto — é Post Break-Up Sex. E aqui vai ele. O remédio, quero dizer...


A banda, criada há pouco menos de um ano (7 meses, mais concretamente), é composta por Justin Young (vocalista e guitarra ritmo), Freddie Cowan (guitarra principal), Árni Hjörvar (baixo) e Pete Robertson (bateria). Auspiciosamente, se tal fosse necessário, ficaram num muito acertado terceiro lugar na votação da BBC para o "Sound of 2011".

As guitarras a regressar ao topo das listas da música Indie. Que bom (e que saudades).

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Manga em Português: "BANZAI"!


Surgiu recentemente no mercado mais uma revista de Banda Desenhada (BD) de edição nacional. BD? Perdão, Manga, pois que se trata de uma publicação na qual se pretendem divulgar trabalhos de autores europeus mas de inspiração estética e visual japonesa, pela via do estilo (acho que se lhe pode chamar assim) Manga. O seu nome é capaz de ser também uma boa pista, para os mais distraídos… ;)

A revista, de 48 páginas a preto-e-branco (capa e contra-capa a cores), com um preço de €2,50 e edição bimestral, apresenta-se em papel de boa qualidade, infelizmente , na minha opinião, num formato pouco condizente com o habitual em obras Manga. Sendo a primeira produção do género a surgir em Portugal e sendo nítido o seu propósito de marcar posição no seio da BD de inspiração/origem Japonesa, os responsáveis pela sua produção poderiam ter começado logo por aqui. Em vez do enorme A4, teria sido mais original (no seio do nosso mercado) que a BANZAI se propusesse aos leitores no formato “japonês” (entre as 5” x 7” polegadas, 12,7 x 17,78 cm, ou ligeiramente inferior ao tamanho A5).

Neste número 0 (zero), a BANZAI introduz-nos duas estórias de outros tantos autores portugueses, ou autoras, mais concretamente: “TMG – The Mighty Gang”, de Joana Rosa Fernandes e “Kuroneko”, de Cristina Dias. A primeira estória, intitulada “Missão 01 – O Início”, introduz-nos a três personagens adolescentes, ainda sem espaço e tempo para um aprofundamento psicológico do seu carácter, que se encontram numa improvável França e onde duas delas têm o objectivo declarado de (coincidência?) se deslocarem a Inglaterra.

Um reparo, que, este sim, é impossível ignorar e que se estende a partes de toda a revista e não apenas a esta estória. Os erros ortográficos. Entendo que a autora, numa tentativa de maior aproximação possível ao estilo em que se inspira, recorra a onomatopeias para acentuar, de forma não desenhada, certas acções dos personagens acrescentando uma ilusória dimensão sonora aos desenhos. Por aqui, nada a apontar. É louvável e habitual em BD. O que me parece menos correcto é o uso de expressões de língua inglesa para acentuar essas acções, especialmente quando algumas delas apresentam os tais (crassos) erros ortográficos.

Por exemplo, quando um personagem afaga a testa de um cavalo, adicionar-se um balão com a palavra “Pet” (animal de estimação) quando eu acho que a autoria queria era transmitir a ideia de afagar (substantivo “Pat”; ou quereria referir-se ao verbo “Pat”?) é de palmatória… Desculpe-me a autora. Um suspiro trocado por um “Sigh”, um virar de página com um “Flip” ou um “Rustle” ao invés de um sussurro ou restolhar parecem-me opções menos conseguidas quando falamos de uma publicação portuguesa. “Geez”, “Growl”, “Snatch”, “Push”, etc., são outros que, em si, não me espantam, mas que enquadro na classe anterior de opções menos certeiras da autora. A menos que (ressalva minha) esta tenha inicialmente concebido “TMG – The Mighty Gang” para edição em língua inglesa, antes da publicação na BANZAI.… Terei acertado? Não interessa.

O desenho em si parece-me adequado para dar o “ar” de Manga, apesar de ter sido, neste particular, dada menos atenção aos segundos planos, nos quais o estilo já me parece mais amadorístico. Percebo que desenhar “pessoas” seja uma coisa e que desenhar objectos ou cenários, outra completamente diferente (autores há que costumam delegar noutros artistas estes pormenores), mas preferia não ter conseguido fazer esta distinção. Por exemplo logo na página 3, os prédios, ou, na página 5, cena com o transeunte e um camião parece terem sido desenhados com alguma displicência, pouco visível na maioria dos restantes quadradinhos. Em termos do argumento, também me parece algo anacrónico que em plena França contemporânea seja “natural” que alguém ostente e empunhe em público uma… katana (?!).

Seja como for, aguardo com interesse e expectativa novos desenvolvimentos do enredo a partir do número 1.

Sobre o “Kuroneko” de Cristina Dias, três mini-estórias de estilo mudo, apresentadas num par de pranchas cada, confesso que me agradou um pouco mais. Contar uma estória por gestos (perdão, desenhos…) requer muito mais engenho que o desenho acompanhado com texto, e a autora consegue transmitir bastante bem a relação amor-ódio que se sente entre o gato Kuroneko e a ovelha Hitsuji, infelizmente e para mal do personagem homónimo, nem sempre favorável ao primeiro.

Palavras finais para constatar que a revista é omissa quanto a um eventual projecto editorial e a equipa que a compõe (número “zero” não pode ser desculpa para tudo), faltando por exemplo uma vulgar informação de contacto (um simples endereço de e-mail que permita dialogar com os potenciais leitores?). Além das autoras, da referência ao licenciamento dos personagens a uma “NCreatures, Lda.” e ao registo ao abrigo da Lei de Imprensa (bla-bla-bla) nada mais é revelado ao comprador.

Mas, volto a repetir, para mim o mais grave são os erros ortográficos, patentes não apenas onde os assinalei mas também e logo no texto de introdução de “The Mighty Gang”, uma redacção mal construída. Vejamos na parte que reproduzo, com a devida vénia à autora:

“(…) Quando Joana Mubarak, Andre Kersey e Sara Yamamoto, três viajantes, encontram-se [?? Descrição no Passado e verbo no Presente?] num porto em França a caminho de Inglaterra nunca poderiam imaginar (...)


Uma aventura na senda dos Shonen mais clássicos, onde nada é o que parece e as aventuras nunca pára [sic; provável gralha]”

Apesar de tudo, acredito no projecto (seja ele qual for) e aguardo com expectativa a chegada do número efectivamente 1! Uma proposta editorial ainda algo amadora, mas que poderá ter pernas para andar em Portugal, a julgar pela oferta e consumo cada vez maiores de obras japonesas traduzidas para inglês.

Nota de rodapé: Mais alguma informação, incluindo reprodução de três pranchas, nesta página do "Jikai! Blog".


ACTUALIZAÇÃO:

Após a publicação do meu texto, apercebi-me, através da página Facebook da NCreatures, da existência da página oficial da revista na Web. Está corrigida (embora parcialmente) a minha observação sobre a falta de contactos, etc..

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Joy Division, "Atmosphere"

Atmos. Feras.







P.S.: "A" banda do Século XX. Mato quem disser o contrário...

P.P.S.: A alguém que pense porque agreguei o rótulo "Fetichista" a este post, apenas digo que, além de tanto sentimento evocado pela banda, a sua música e a nostalgia destas fotos, que poderia dar lugar a um post por si próprio, o Peter Hook também tocava um baixo Rickenbacker...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Vai devagarinho

A caminho das três semanas de convalescença pós-operatória, as coisas vão melhorando, mas muito lentamente. Nada de grave (considerando quem esteja bem pior que eu) e cada dia é sempre um nadita (“nadita” só) menos mau que o anterior. Regresso ao trabalho no final da semana. Será outra forma de me distrair desta condição, sendo mais produtivo que nestes últimos dias.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

'Paul', o segundo trailer

Depois do primeiro trailer que aqui divulguei, hoje foi disponibilizado um segundo teaser, com novas cenas (e algumas já vistas, mas mais promenorizadas agora) e onde se percebe melhor quem poderá, de facto, vir a ser o 'Paul'?, o alien interpretado pela voz do Seth Rogen (que já vira, por exemplo no filme "Zack and Miri Make a Porno (2008)", de Kevin Smith; "Star Whores") e que voltaremos a ver na tela já este mês, agora de carne-e-osso, interpretando um improvável Green Hornet ("Vespão Verde") — e digo-o simplesmente por o associar principalmente a registos bonacheirões de comédia, que a voz de cerveja ajuda como um importante elemento de composição do seu trabalho, e não a representar um(a espécie de) super-herói. Mas como gosto dele, dou-lhe o benefício da dúvida...

Ora vamos lá mas é ver o Paul, especialmente na cena, de antologia, digo eu, da salvação do fatídico p'ssarinho. Impagável (e este E.T. tem toda a razão na desculpa que dá...)


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Misa Digital Guitar: Um novo instrumento nasce


Aqui está uma engenhoca, um verdadeiro instrumento musical electrónico, que embora se assemelhe a uma guitarra pouco tem a ver com ela, se não precisamente no aspecto exterior. A Misa Digital Guitar é na realidade várias coisas: um sintetizador, mas não tem teclas (usa antes um monitor sensível ao toque). Uma guitarra, mas cuja escala (neck) é desprovida de cordas. Um instrumento de percussão, mas não tem peles esticadas sobre uma caixa de ressonância.

Basicamente, trata-se de mais um instrumento MIDI que integra um sintetizador polifónico carregado de sons e efeitos, controlados em conjunção entre o monitor multi-toque situado no corpo e a escala, desprovida de cordas, mas onde se encontram os familiares 24 trastes (frets) das guitarras clássicas. Junto a cada um destes trastes existem 6 botões.

Desenvolvida pela Misa Digital Instruments de Hong-Kong, esta "guitarra", modelo apelidado de Kitara (que enganadoramente familiar, não é?) para ser tocada dispensa a vulgar palheta, já que as "cordas" simplesmente podem ser tocadas literalmente sobre as linhas iluminadas no ecrã de oito polegadas. E sendo um instrumento polifónico, aquelas podem ser dedilhadas, pressionadas, beliscadas ou tangidas com resultados sonoros finais iguais aos do instrumento em que se inspira esteticamente.

Dois modelos estarão em breve disponíveis no mercado, a Kitara™ and Kitara™ Limited Edition, que apenas diferem nos materiais empregues na sua construção exterior (tudo o mais é rigorosamente idêntico). Serão revelados ao público durante a exposição CES - Consumer Electronics Show em Las Vegas e que hoje se inicia, terminando no dia 9.

Um aspecto positivo, dentre vários, é que recorre ao sistema operativo Linux. Graças a Deus que não é um instrumento Windows, caso contrário o lixado e putativo músico teria de passar a vidinha a fazer reboots ao aparelho e a perder imenso tempo a descarregar e instalar intermináveis fixes, para finalmente o pôr a fazer aquilo que o fabricante garantiu que faria logo de início (#PensamentoCínico)... Um cheirinho do que pode fazer...


My Blackberry Is Not Working! - The One Ronnie, Preview - BBC One

Ai, os termos que usamos nas TIs...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Twin Shadow acabadinhos de sair!


Os Twin Shadow gravaram hoje alguns temas nos estúdios do blog Daytrotter, que os agrupou sob o título "Within The Garden Of Good And Evil". Após um registo gratuito no site, as suas "Daytrotter Sessions" ficarão disponíveis para deleite dos melómanos de todo o mundo.

Cinco temas, já apresentados no álbum de estreia em 2010, "Forget", dos quais o primeiro (exclusivo), de meros 11 segundos, serve de introdução para o prato principal.

Frank Zappa, "Titties & Beer"

... Mas não foram os Tenacious D os primeiros a trazer o diabo para a música (descontando os executivos dos grandes estúdios discográficos). Antes deles já Frank Zappa compunha um tema em que o Mefistófeles era um dos principais intervenientes, com o muy sugestivo e delicioso (em ambos os factores da equação) título de "Titties & Beer", originalmente surgido no duplo LP ao vivo Zappa in New York (de 1978, mas gravado em 1976).

Aqui era o baterista Terry Bozzio a contracenar com Zappa o famoso diálogo ilustrativo duma verdadeira "canção-do-bandido" satânica.



It was the blackest night
There was no moon in sight
You know the stars ain't shinin'
'Cause the sky's too tight
I heard the scarey wind
I seen some ugly trees
There was a werewolf honkin'
'Long the aide of me

I'm mean 'n I'm bad, y'know I ain't no sissy
Got a big titty girly by the name of Chrissy
Talkin' about her 'n my bike 'n me . . .
'N this ride up the Mountain of Mystery, mystery

I noticed even the crickets
Was actin' weird up here
So I figured I might
Just drink a little beer
I said, "Gimme summa that what yer suckin' on . . "
But there was no reply
'Cause she was gone . . .

"Where's those titties I like so well,
'n' my godam beer!"
Is what I started to yell, then I heard this noise
Like a crunchin' twig, 'n up jumped the Devil, . .
He's about this big, . .

He had a red suit on
An' a widow's peak
An' then a pointed tail
'N like a sulphur reek
Yes, it was him awright,
I swear I knowed it was
He had some human flesh
Stuck underneath his claws
You know, it looked to me
Like it was titty skin
I said, "You sonofabifch!"
'Cause I was mad at him.
Well he just got out the floss
'N started cleanin' his fang
So I shot him with my shooter.
Said: BANG BANG BANG

The sucker just laughed 'n said, "Put it away . . .
You know, I ate her all up . . . now what you gonna say?"
YOU ATE MY CHRISSY? "Yeah! titties 'n all!"
WHAT ABOUT THE BEER THEN? "Were the cans this tall?"
EVEN HER BOOTS? "Would I lie to you?"
SHIT, YOU MUSTA BEEN HUNGRY! "Yes, this is true'.
'WELL DON'T THEY PAY Y'ALL GOOD FOR THE
STUFF THAT YOU DO?
"I can't complain when the checks come through . . ''
WELL I WANT MY CHRISSY, 'N I WANT MY BEER
SO YOU JUST BARF IT BACK UP NOW, DEVIL,
DO YOU HEAR!
"Blow it out your ass, motorcycle man! I am fhe Devil,
Do you understand?
Just what will you give me for your titties and beer?
I suppose you noticed this little contract here, . ''
YER GODDAM RIGHT, YOU SON-OF-A-WHORE,
THAT'S ABOUT THE ONLY REASON
I LEARNED WRITIN' FOR . . .
GIMME THAT PAPER ... BET YER ASS
I'LL SIGN . . . 'CAUSE I NEED A BEER, 'N IT'S TITTY-
SQUEEZIN' TIME!

"You can't fool me, man . . . you ain't that bad . . .
I mean you shoulda seen some of fhe souls I had . . .
Why there was Milhous Nixon 'n Agnew too . . .
'n both of fhose suckers was worse 'n you . .
"WELL, LET'S MAKE A DEAL IF YOU THINK THAT'S TRUE
I MEAN, YOU'RE THE DEVIL SO ... WHATCHA GONNA DO?

(improvised dialog)

"No! Don't sign it! Give me time to think ...
I mean ... hold on a minute, boy . . . that's
Magic Ink!"

And then the Devil puked
'N out jumped m'girl
They heard the titties PLOP-PLOPPIN'
All around the world, she said:
"I GOT ME THREE BEERS 'N A FIST FULLA DOWNS,
AN' I'M GONNA GET WRECKED, SO FUCK YOU CLOWNS!"

And then she gave us the finger,
It was rigid 'n stiff,
That's when the Devil, he farted
An' she went right over the cliff
The Devil was mad took off to my pad
I swear I do declare!
How did she get back there?
I swear I do declare!
How did she get back there?
etc. repeat

Tenacious D, "Beelzeboss (The Final Showdown)"

E aqui está um cheirinho (infernalmente queimado, para já...) dos Tenacious D, aqui mencionados. Sabem quem faz de mafarrico-mor? Nada mais nada menos que o Dave Grohl.




I am complete
Fuck
Yes, you are fucked, shit out of luck
Now I'm complete and my cock you will suck
This world will be mine and you're first in line
You brought me the pick and now you shall both die
Wait, wait, wait, you motherfucker
We challenge you to a rock off
Give us one chance to rock your socks off
fuck, fuck, fuck, The Demon Code prevents me
From declining a rock off challenge
What are your terms? What's the catch?
If we win, you must take
Your sorry ass back to Hell
And also you will have to pay our rent
And what if I win?
Then you can take Kage back to Hell
What? Trust me Kage, it's the only way
What the fuck are you talking about?
To be your little bitch
Fine, let the Rock Off begin
I'm the Devil, I love metal
Check this riff, it's fucking tasty
I'm the Devil, I can do what I want
Whatever I've got, I'm gonna flaunt
There's never been a rock off that I've ever lost
I can't wait to take Kage back to Hell
I'm gonna fill him with my hot demon gel
I'll make him squeal like my Scarlet Pimpernel
No! C'mon Kage, bring the thunder!
There's just no way that we can win
That was a masterpiece,
listen to me
He rocks too hard because he's not a mortal man
God damn it, Kage!
He's gonna make you his sex slave
You're gonna gargle mayonnaise
No, unless we bust a massive monster mama jam

Dude, we've been through so much shit
De-activated lasers with my dick
Now it's time to blow this fucker down
C'mon Kage, now it's time to blow doors down
I hear you, Jables, now it's time to blow doors down
Light up the stage 'cuz it's time for a showdown
We'll bend you over then we'll take you to brown town
Now we've got to blow this fucker down
He's gonna rape me if we do not blow doors down
C'mon Kage 'cuz it's time to blow doors down
We'll bomb drive you, it's time for the black out
Hey anti-Christ-er, Beelzeboss
We know your weakness, our rocket sauce
We rock the casbah and blow your mind
We will defeat you for all mankind
You hold the scepter, we hold the key
You are the Devil, we are the D
We are the D, we are the D
We are the D, we are the D
We are the D, we are the D
We are the D, we are the D
We are the D, we are the D
We are the D, we are the D
We are the D, we are the D
We are the D, we are the D, we are the D
You guys are fucking lame
Come on, Kage, you're coming with me
Taste my lightning, fuckers!
Noooo!!!!!
Oh, fuck, my fucking horn! oh no!
From whence you came, you shall remain
Until you are complete again!
nooooo!!!!!
Fuck you, Kage! and fuck you, Jables!
I'll get you Tenacious D

Jack Black & Kyle Gass são "Tenacious D"

The Crazies em 2005

Um bom par de malucos (o meu género favorito de pessoa), são o Jack Black e o Kyle Gass. E também são Tenacious D, "The Greatest Rock Band in the World" (yeaah...) Neste momento encontram-se a preparar um terceiro trabalho discográfico, ainda sem título, que deverá estar disponível lá para finais deste ano, após as edições de "Tenacious D" e "The Pick of Destiny", respectivamente em 2001 e 2006. Bons exemplos do Rock Satírico — ou será satânico? Enfim.

Outra novidade, lida no Geeks of Doom, é que poderá estar num horizonte futuro (embora mais longínquo) a preparação de um segundo filme. Depois de Tenacious D in The Pick of Destiny (2006), também na tela plana se aguardam momentos de delírio fílmico-musical. Pedrados, perdão, pedradas no charco destes mercados, a maior parte das vezes verdadeiros antros de facilitismo comercial e de interesses, antes de tudo o mais, pouco consentâneos com a criação e liberdade artística propriamente ditas.

Citando Jack Black, a propósito deste novo álbum:
We’re gonna be talking about love, there are gonna be some songs about sex and there’s gonna be songs about food.

Que diabo, haverá mais alguma coisa que interesse discutir nesta vidinha que levamos?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

200 Countries, 200 Years, 4 Minutes

"As estatísticas ganham vida quando a superestrela académica Sueca Hans Rosling ilustra graficamente o desenvolvimento global durante os últimos 200 anos."

Assim se referencia parte do programa The Joy of Stats, uma série de documentários apresentados no canal BBC Four por aquele médico e investigador.

"Ode to the Unknown Factory Worker", Leila Adu


Vai ser editado no próximo dia 11 deste mês. Falo do quarto trabalho discográfico de Leila Adu, artista que descobri por acaso — as boas surpresas são sempre por acaso... — numa das minhas perambulações pela Ionoesfera, perdão, pela Internet.

Descendente de Ganeses e criada na Nova Zelândia (biografia oficial aqui), Leila Adu canta, toca piano e outros teclados e é neste trabalho acompanhada pela italiana Daniele de Santis, na bateria. Viajemos pelos temas "Martian Raft" e "Brazen Hussy", disponibilizados na página da artista, num passeio urbano-jazzístico (étnico, mesmo?) e (in)temporal...



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O FIMDOMUNDO foi... antecipado???

Imagem vi@ Chubby Skinny Kids


fim do mundo foi antecipado. Assim parece, a acreditar na notícia do semanário Sol. De 21 de Dezembro de 2012 (sim, 12122012, ou 20121212 à inglesa...) para o já próximo 21 de Maio de 2011. Tudo por obra de um movimento cristão norte-americano, de nome tão ridículo que só podia mesmo ser norte-americano, Family Radio Worldwide. Não tem muito a ver com cristandade, pois não?

Só um pequeno detalhe me preocupa, e cito:

«Sem margem de dúvida, 21 de Maio é a data», garante Camping, que prevê para esse dia a subida aos céus das boas almas: «As restantes pessoas vão permanecer na Terra e vão passar por um período de tormento, até ao fim dos tempos».

Como é que vou ter tempo de passar de "restante pessoa" a "boa alma"?? Nem mesmo como "restante pessoa" considero ser algo de especial... Como vou dizer isto à minha psicóloga??

Estes fins-de-mundo matam-me...