Parece uma daquelas frases feitas, lamecha, inconsequente. Mas por acaso não é (esse o sentido que lhe quero dar). Acrescentaria, mesmo, que o amor é intemporal. Isto veio à minha cabeça a propósito do filme argentino "O Segredo dos Seus Olhos" (Juan José Campanella, 2009, justo vencedor dos Óscares de 2010 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro). Vi-o há um par de dias em gravação na box do cabo. Um crime e uma história de amor que, afinal, encerra outra, talvez a mais importante, verdadeira história do tal amor lindo — a expressão causa-me alguma estranheza, confesso — e tão eterno quanto humanamente possível, porque não vivido senão dezenas de anos depois mas nunca tendo deixado de lá estar. Deu-me que pensar. Estas histórias de encontros e desencontros, vistas no cinema mas também lidas, tocam-me de alguma forma. Revejo-me nelas e delas alimento uma parte da minha experiência. Pensando bem, o amor não é lindo. É estranho...
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