segunda-feira, 27 de junho de 2011

Os políticos portugueses e "o futuro".

Cada vez que um político (ou candidato "a") decide publicar obra escrita, invariavelmente a palavra "futuro" ou as suas ideias para o "futuro" são o seu móbil, se não em título pelo menos em espírito. Desde que, em 1974, António de Spínola escreveu o seu "Portugal e o Futuro" que recentemente vieram ao prelo livros como "Portugal na Hora da Verdade", "Mudar" ou o mais recente "Compromissos para o Futuro". Tudo isto me tem feito pensar se esta não será uma forma de, subrepticiamente e ao abrigo de boas vontades e do afirmar de "soluções" para todos os portugueses, os próprios autores — repito: políticos, ou futuros candidatos a — não estejam a esqueçer-se do "passado", o tal que nos levou à situação em que eles, responsáveis máximos pela situação para a qual, com as suas obras, querem propor "soluções" milagrosas e nunca antes antecipadas. Por mim preferiria antes que houvesse, quiçá, mais livros sobre o nosso passado político por forma a que ao menos o não esqueçêssemos, nem aos erros que nos levaram a ter de encarar o futuro de forma mais realista. A tal forma que, com estes livros, os autores (pelo menos) verão a sua própria vida futura com maior conforto financeiro. À nossa conta, mais uma vez...

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