segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A química dos encontros


Não, não vou — recuso-me — a falar do "Dia dos Namorados" que hoje se celebra (?!). Iria começar a arengar prosa eventualmente venenosa e não quero estragar com isso as ilusões de quem me leia e acredite nestas coisas como os infantes acreditam no Pai Natal. Falo, antes, de algo mais genérico e não tão (Grâçe à Dieu!) dependente de uma folha de calendário à qual se chega depois do rasganço inevitável e distraído das folhas anteriores.

Química porquê? Talvez por existir um componente, diria "mágico", na forma como duas pessoas (não necessariamente de sexos diferentes) se encontram algures no decurso das suas vidas. Uma "fórmula"? Não sei. Falo por experiência e esta leva-me a admirar, assim, tanto tempo passado, na forma pela qual nos conhecemos, como nos cruzámos. O não se saber o segredo deste composto e o resultado que daí advém já é, para mim, admiração suficiente para que nela acredite com reverência (perdoe-se-me o pleonasmo).

Olhando para trás no tempo, não consigo vez alguma determinar como foi (apesar de saber a data em que o "foi"), "o" que foi que nos aproximou. Mas aconteceu e não o lamento. Mais que tudo, os encontros importantes são aqueles que acontecem fortuitos, como algo que não planeamos. É algo que mexe connosco, que nos espevita, nos faz abrir os olhos para a realidade (ou para uma realidade outra).
É uma química boa, seja ela qual for. Mexe(-me) cá dentro...

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