As corridas de dragsters (Drag Racing) sancionadas pela NHRA estão entre as muitas variantes do chamado Desporto Automóvel que desde sempre me despertaram interesse. Originárias dos Estados Unidos da América, acabaram por se espalhar um pouco por todo o mundo, com especial relevo para o norte da Europa. Disputam-se entre veículos de 4 ou 2 rodas, mas os primeiros são bem mais interessantes (e brutais, em vários aspectos).
Os pilotos profissionais competem em 4 classes principais de carros, os Top Fuel, os Funny Car e os Pro Stock, e as regras base não podiam ser mais simples (engano que deixo passar, para não tornar este texto demasiado extenso ou técnico; mais detalhes poderão ser apreciados no primeiro link deste post): em cada par de concorrentes vence o que percorrer mais rapidamente a distância de um quarto de milha (cerca de 400 metros), em linha recta, a partir da posição de paragem absoluta. As partidas são dadas por um sistema (a árvore de Natal) de 9 luzes colocadas verticalmente, que se vão acendendo em sequência do topo para baixo sendo que a última, geralmente encarnada, dita a partida. Isto faz com que não baste que o carro seja o mais potente e rápido, o piloto tem de ter um tempo de reacção compatível com o 0.5 segundo que decorre entre o acender de cada uma das últimas 3 luzes.
A "brutalidade" a que me referi no início vem disto: potências de motor na casa dos 8.500 a 10.000 cavalos (BHP) nos Top Fuel e 6.900 a 8.000 cavalos nos Funny Car, acelerações instantâneas de mais de 6G e velocidades à chegada superiores aos 500 Km/h, tudo isto em menos de 5 segundos! E finalmente, mas não menos importante, por uma estética muito própria, sensações fortíssimas para os espectadores (nem falo nos pilotos...) e ruído de fazer calar até o próprio Demo. Ou não funcionassem os motores das 2 classes de topo com cerca de 85–90% de nitrometano com 10–15% de metanol como combustível... Dragões sobre rodas, pois.
O que dá à expressão "motores de explosão" toda uma nova dimensão... E a prová-lo, segue um vídeo do run (que venceu, apesar do sucedido) de Gary Densham em 2009 no qual em meio segundo uma explosão no motor fez desintegrar-se a carroçaria em fibra do seu Funny Car. Foram só 50,000 dólares a voar num ápice. Vamos ver:
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