Do Krautrock pode dizer-se que se iniciou em finais dos anos de '960 com contornos reveladores de uma vontade de inovar e de, em simultâneo, dar largas a uma criatividade proporcionada pelo aumento do nível de vida decorrente na Alemanha (então Ocidental) e da sua Economia emergente e bem sucedida, após a destruição e o caos criados pelo segundo conflito mundial armado que marcou o séc. XX. Inicialmente mais de cariz experimental, o género acabou por ser estendido, exageradamente, a meu ver, a quase todo o Rock produzido em terras da Germania. Se não, e como exemplo dos primeiros, basta procurar-se na net pelo som de bandas (umas mais conhecidas que outras) como Popol Vuh, Amon Düül, Faust, Neu!, Ash Ra Tempel, Can ou mesmo os Kraftwerk. Começando por estar ligado a sonoridades psicadélicas de origem electrónica e "planantes" pela extensão temporal melódica, é mesmo considerado um subgénero do Rock Progressivo da época, o que acaba por ser compreensível.
O canal BBC Four britânico, conhecido por ter já realizado documentários (imperdíveis) sobre alguns outros importantes capítulos da música popular contemporânea (por exemplo sobre os "Hawkwind", "Synth Britannia" e o "Prog Rock Britannia"), lançou em 2009 um documentário dedicado ao assunto. Ontem encontrei-o no YouTube, dividido em 6 partes, e não posso deixar de aqui o divulgar, mais que não seja como revisão-da-matéria musical. Sempre que ouvirem falar no termo — hoje em dia apenas marginalmente usado para identificar as sonoridades alemãs da área do Rock — agora já poderão apreciar a dimensão e raízes do termo.
Informação mais detalhada sobre este movimento artístico alemão pode ser consultada nesta página da Wikipédia.
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