sexta-feira, 29 de julho de 2011

The Killing

Descanse quem me lê, que não estou a pensar fazer como aquele norueguês... (nem linko aqui o seu nome para que depois não me entre alguma agência anti-terrorista em casa. Googlem, que hão-de saber a quem me refiro) =p Falo da série americana de TV produzida pela AMC, baseada na homónima série The Killing, inicialmente surgida na Dinamarca. Uma primeira temporada na qual a investigação de um crime na maior cidade do Estado de Washington (Seattle) se arrasta (friso: arrasta) por 13 episódios de interesse e ritmo variáveis, representando outros tantos dias de actividade policial. Vi-os todos de um fôlego e os momentos *yawn* foram mais que muitos. De tal forma que estava a ver que, mesmo chegado ao ep. #13, nem assim ficaria a saber quem fora o assassino (spoiler: foi um homem, sim)... A dupla principal, Mireille Enos e Joel Kinnaman, está bem mas a insistência na caracterização da personalidade do agente feminino, Sarah Linden, adiando ad aeternum uma saída (anunciada) da polícia para se casar e estabelecer com o seu filho de 13 anos na cidade californiana de Sacramento, leva o espectador (eu) ao desespero. Melhor está o sueco Joel Kinnaman no papel de Stephen Holder, o contraponto e sidekick de Sarah, com a sua rendição de um polícia ex-Narcóticos promovido recentemente a detective de Homicídios, ainda a braços com os hábitos trazidos da sua actividade anterior. Alguma comicidade e aparente falta de jeito tornam-no num bom complemento para a mais cerebral e reservada Sarah.

A política e o papel dos políticos — o caso desenrola-se em plena campanha para as eleições para a presidência da Câmara da cidade — também é abordada na série e de forma não muito meiga (e mais não direi). Só por volta do episódio 8 (tarde, muito tarde) a série descola da modorra e convoluções em que os escritores a lançaram. E mesmo assim... Uma palavra final para o terceiro personagem principal da série: a insistente e sempiterna chuva que assola Seattle. Premonitória, a presença de tanta... água? Seja como for, face àquelas autênticas bátegas na cidade do noroeste norte-americano, Londres mais me parece o deserto do Sahara ao meio-dia de um mês de Agosto. Opções, de novo discutíveis.

Esta primeira temporada termina com um cliffhanger, numa espécie de reviravolta em jeito de pedido de desculpas pelo tempo ocupado a contar algo que se contaria, algures, num terço dos episódios "gastos"... Já está agendada uma segunda temporada e só rezo para que os argumentistas ponham os dois personagens principais a investigar e resolver a trama bem mais depressa. Apesar de tudo uma série a ver, se possível.

Dexter: volta depressa, que fazes falta! (além de estares perdoado)


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