segunda-feira, 11 de julho de 2011

Da eutanásia e do espírito

A eutanásia sempre evocou grandes debates. Os vivos a discutir(em) a Morte nunca foi combinação pacífica. Infelizmente os que já cá não estão pouco ou nada podem fazer para contribuir com a sua opinião (inserir risos amarelos aqui; ou negros, conforme a inclinação). Pode argumentar-se que, tal como ninguém escolhe viver, também ninguém terá o direito de escolher morrer. É discutível, repito. Pelo menos entre os vivos. Seja como for vem-me à mente a ideia de perguntar, talvez não tão retoricamente quanto isso (o desejável, o socialmente aceitável, o humano, o legal?), se quem padece de doenças do espírito poderá almejar poder terminar a sua vida, com tanta força e convicção quanto aqueles que padecem de males físicos. Ou seja: sofrer fisicamente é mais defensável, em termos da boa morte, do que sofrer com igual intensidade e falta de alternativa do que sofrer inapelavelmente da mente? Será uma fuga demasiado simples, não se querer continuar a ter de viver com males mais macios (soft) mas não menos reais? Gostava não ter de morrer para saber a resposta.

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