quinta-feira, 24 de março de 2011

Van der Graaf Generator e o novo álbum "A Grounding In Numbers" (2011)


Pessoalmente — mas aviso já que sou [*muito*] suspeito a falar nesta matéria — tudo o que venha, musicalmente, da área do Rock Progressivo é sempre recebido com braços abertos. Ainda mais no caso de quem me leva a dar relevo à notícia que li há pouco no Twitter (Jerry Ewing da revista Classic Rock Presents Prog). Um novo álbum dos Van der Graaf Generator (VdGG), uma banda clássica naquele género e o seu trabalho foi marcante entre 1969 (altura em que editou o seu primeiro trabalho de longa duração) e finais da década seguinte. Isto apesar de, mesmo à época, nunca ter sido das bandas que o comum dos mortais imediatamente reconhecesse como do Prog Rock.

Reunidos em trio desde 2005 — Peter Hammill nas guitarras, teclados e voz, Hugh Banton no orgão, pedais-baixo (bass pedals) e baixo e Guy Evans na bateria — apenas falta o saxofonista/flautista David Jackson, um elemento importante na edificação sonora dos VdGG. Como ainda só tive oportunidade de ouvir a faixa que aqui partilho, ainda não sei até que ponto esta ausência marca, para o bem ou para o mal, o resultado desta segunda reunião (mais informação sobrea vida da banda aqui).

"A Grounding in Numbers" foi editado no passado dia 14 deste mês e parece ter sido bem recebido no mercado, pelo menos entre os entusiastas de um género que, apesar de ter vindo a passar por um salutar revivalismno e renovação desde que quase se finou em inícios da década de '980, continua a ainda hoje a não ser divulgado como merece. Por mim, grande fã de Prog, tenho feito o que posso, pelo menos no Twitter e aqui (com menor frequência).

Curiosidade adicional vai para o simbolismo matemático revelado em três vertentes associadas a este álbum: a sua data de edição (em inglês é Março, 14) traduz-se em 3,14, ou o valor do número π, no título ("a fundamentação pelos números") e no texto do poema do segundo tema (Mathematics) que alude à Identidade de Euler. Para acabar o tema do simbolismo (sinais destes tempos?) associado aos VdGG e atendendo ao passado da banda e principalmente à vida e obra poética do seu mentor Peter Hammill, que melhor nome poderia haver para a sua editora que não fosse o de Esoteric Recordings?







Termino, convidando ao visionamento da entrevista dada por Peter Hammill a Mark Powell, o fundador da editora Esoteric Recordings, para o canal Web "Cherry Red TV" intitulada "The Van der Graaf Generator Story" (54:20 de duração):



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