domingo, 13 de março de 2011

Do Amor e da Guerra


O Amor e a Guerra. Duas situações aparentemente antagónicas. Eu, que pensei bem sobre o assunto (OK, admito que me cruzou a mente num flash), acho que não. E vou deixar aqui as minhas razões para achar que assim é, indo, de novo, contra a corrente instituída — ir contra correntes instituídas devia ser actividade enquadrável em alguma espécie de designação profissional, tipo, "Técnico de Contracorrentes" ou "Contracorrentista Profissional". Or something…
O amor e a guerra são rigorosamente iguais. Tão iguais, mesmo, que, sendo de extremos, se tocam. Apenas há uma única diferença (mas ténue): morre-se de amor como se morre de guerras, mas menos no primeiro caso. Quem ama a sério acaba por vezes por se ver envolvido em conflitos quase tão letais quanto os suportados por quem se engaje em conflitos armados. Não se morre fisicamente, nem sangue é vertido, mas que se sofre, lá isso posso garantir que se sofre. Apontam-se "armas" a alguém e logo começam as "hostilidades". Há amores pacíficos, tal como há guerras que, excepcional e estranhamente, também o são — as que não envolvem confrontos directos e que se desenrolam em bastidores e cenários ausentes de explosões, como no seio de empresas ou entre dois rivais. As chamadas guerras surdas. Mas para mim "amor" e "pacífico" são conceitos tão opostos quanto os do assunto que trato aqui. Convenhamos, por uma questão de raciocínio, que pacífico é o solteiro. Este é aquele que não tem de gerir emoções e afectos para com outrem, a sua suposta cara-metade. Todos os outros: preparem-se! Amar não é só la-la-la. É começar numa senda que pode terminar bem, como pode terminar em derrota declarada.

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