domingo, 27 de março de 2011

MMORPGs + Série de TV + Futuro não-tão-longínquo = Vida Real Humana?

Começo com outra (dupla) pergunta, de certo modo retórica:

Para onde caminhamos, como Humanidade? Conseguiremos mantê-la?

Vem isto a propósito de um artigo, que acabo de receber via e-mail do site Geeks of Doom, intitulado "Syfy Channel & ‘Rift’ Creator Trion Team Up To Create TV Series/MMO Video Game Fusion". Por um lado, a primeira coisa que me veio à cabeça foi logo "até que enfim que alguém (uma empresa, o que lhe dá logo contornos de projecto conspirativo e num horizonte próximo eventualmente opressor [sim, sou um grande fã do Philip K.Dick...]) assume aquilo que, tecnologicamente, seria o próximo passo a dar no mundo do entretenimento!".



Não irei entrar em detalhes sobre o artigo (convido antes à leitura total do original), excepto para frisar que se trata de um projecto entre a empresa Trion Worlds (que recentemente lançou no mercado o jogo online, pago,  Rift) e o conhecido canal televisivo especializado em Ficção Científica (FiCi) SyFy que pretendem conjuntamente lançar uma série televisiva, ainda sem nome, e um jogo online para um número massivo de jogadores (MMORPG). Neste ambiente misto, que pela primeira vez cruza dois meios de entretenimento de massas algo diferentes, os aderentes poderão "viver" a série jogando ou, a jogar, influenciarem o decurso dos episódios televisivos num novo tipo de jogo apelidade pela Trion de "massively multiplayer online action role-playing game (Syfy Action MMO)". Do projecto, ainda em desenvolvimenmto e de certa forma envolto em segredo, a páginal oficial da Trion apenas disponibiliza uma pequena resenha, imagens da arte conceptual dos cenários e um vídeo promocional.



Também por esta falta de mais completa informação sobre o ambiciosao e original projecto não me irei alongar sobre ele, como dizia, mas quero no fundo é constatar como cada vez mais imersivos se tornam os meios de comunicação de massas e de entretenimento caseiro a ponto de não me ser difícil antecipar um mundo (uma realidade?) em que o jogador se envolva de tal forma que quase deixará de precisar de viver fora dele.

Estarei a elaborar demasiadamente numa mentalidade de Matrix? O futuro no-lo confirmará, ou desmentirá. Inclino-me mais para uma via de (e de certa forma lamento-o) confirmação da alienação da postura humana com base em produtos por ela própria criados a bem do lazer e da diversão... Tudo em nome da... Imaginação (?!)

(Parcialmente repondida, assim, a minha pergunta inicial. Gostava de saber o que pensam os meus possíveis leitores sobre o assunto.)

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